Investigadores cercam casa de presidente afastado da Coreia do Sul e tentam prendê-lo

Apoiadores de Yoon Suk-yeol se reuniram do lado de fora da residência para protegê-lo

2 jan 2025 - 21h32
(atualizado às 22h59)
Investigadores cercam casa de presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, e tentam prendê-lo.
Investigadores cercam casa de presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, e tentam prendê-lo.
Foto: Reprodução/Yonhap

Investigadores da Coreia do Sul chegaram à residência presidencial na manhã desta sexta-feira, 3, no horário local, para efetuar a prisão do presidente afastado Yoon Suk-yeol, onde um grupo de apoiadores se reunia do lado de fora para protegê-lo.

A residência de Yoon no centro de Seul está cercada por um grande dispositivo policial. Ele é investigado por rebelião após sua tentativa fracassada de impor a lei marcial no país em 3 de dezembro.

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Cerca de 20 investigadores do Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão e policiais foram vistos entrando no portão da residência de Yoon em Seul para executar um mandado de prisão.

Ainda não está claro se o presidente vai cooperar com as autoridades que tentam detê-lo. Yoon, um conservador de direita, disse em uma mensagem desafiadora de ano-novo para os apoiadores que se reuniam do lado de fora de sua residência que lutará até o fim contra as forças antiestatais. Seus advogados descreveram o mandado de prisão contra ele como inválido e ilegal.

Um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão para Yoon na terça-feira, 31, depois que ele se esquivou de vários pedidos para comparecer a um interrogatório e bloqueou as buscas em seu escritório em Seul, dificultando uma investigação sobre se a sua tomada de poder mal concebida em 3 de dezembro foi considerada uma rebelião.

O mandado é válido por uma semana e os investigadores poderão fazer outra tentativa de deter Yoon se não conseguirem fazê-lo nesta sexta-feira.

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Se Yoon for detido, a agência anticorrupção terá 48 horas para investigá-lo e solicitar um mandado de prisão formal ou libertá-lo. O ministro da Defesa de Yoon, o chefe de polícia e vários comandantes militares de alto escalão já foram presos por terem participado da promulgação da lei marcial, que a oposição denuncia ser uma tentativa disfarçada de autogolpe.

O Partido Democrático, de oposição liberal, que conduziu a votação legislativa que destituiu Yoon Suk Yeol em 14 de dezembro por causa da imposição da lei marcial, acusou o presidente de tentar mobilizar seus partidários para impedir sua detenção e pediu que as autoridades policiais executassem o mandado imediatamente.

Enfrentando temperaturas abaixo de zero, milhares de partidários de Yoon se reuniram por horas perto de sua residência na quinta-feira, em meio a uma forte presença policial, agitando bandeiras sul-coreanas e americanas enquanto cantavam: "Anulem o impeachment!" e "Protegeremos o Presidente Yoon Suk Yeol!" Os policiais removeram alguns manifestantes que se deitaram em uma estrada que leva à entrada da residência de Yoon, mas não houve relatos imediatos de grandes confrontos. / AFP E AP

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