O Gabinete Anticorrupção para Altos Funcionários (CIO) da Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira (23) a transferência do caso contra o presidente Yoon Suk-yeol para o Ministério Público por não ter poderes para incriminar um chefe de Estado.
Além disso, o mesmo órgão também pediu que o líder sul-coreano seja incriminado oficialmente por insurreição e abuso de poder.
A decisão do CIO chega após 51 dias de investigação sobre uma suposta insurreição no decreto de lei marcial de 3 de dezembro passado. Paralelamente, Yoon é alvo de um processo de impeachment na Corte Constitucional, aberto pela Assembleia Nacional.
A lei marcial tinha como objetivo fechar o Parlamento, proibir protestos e suspender atividades partidárias, porém sofreu forte resistência política e popular, foi revogada pela Assembleia Nacional e durou apenas seis horas.
Yoon, que está afastado do cargo, segue preso no centro de detenção de Uiwang, ao sul de Seul. Se for condenado pela Corte Constitucional, o presidente será destituído definitivamente, desencadeando uma eleição presidencial antecipada dentro de 60 dias. Se for absolvido, Yoon será reintegrado e regressará às suas funções plenas. .