A Guarda Revolucionária do Irã apreendeu uma embarcação no Golfo Pérsico por supostamente contrabandear 250 mil litros de diesel aos Emirados Árabes Unidos, disse a agência de notícias Isna, nesta segunda-feira.
"Foi detida perto da ilha iraniana Grande Tunb, no Golfo Pérsico... a tripulação foi entregue às autoridades locais na província de Hormozgan, no sul", disse a Isna, sem detalhar as nacionalidades dos tripulantes.
A suposta apreensão coincidiu com o aumento das tensões internacionais na esteira de um ataque a uma grande instalação petrolífera da Arábia Saudita, inimiga regional de longa data do Irã, no final de semana.
O movimento houthi do Iêmen, alinhado ao Irã, reivindicou a autoria do ataque, e os Estados Unidos culparam o próprio Irã pela ação. O Irã nega a acusação.
O Irã, que tem alguns dos preços de petróleo mais baratos do mundo devido aos enormes subsídios e à queda de sua moeda, vem combatendo o contrabando de combustível desenfreado por terra a países vizinhos e pelo mar a nações árabes do Golfo Pérsico.
Os iranianos intensificaram essa luta no início deste mês, quando sua Guarda Costeira apreendeu uma embarcação por contrabandear combustível no Golfo Pérsico e deteve seus 12 tripulantes filipinos.
Em julho, o Irã confiscou um navio-petroleiro britânico no Estreito de Ormuz devido a supostas violações marítimas uma quinzena depois de forças britânicas deterem perto de Gibraltar um navio-tanque iraniano acusado de levar petróleo à Síria, uma violação de sanções da União Europeia.
O iraniano Adrian Darya 1, antes chamado Grace 1, foi liberado no mês passado. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, disse nesta segunda-feira que o navio-petroleiro de bandeira britânica Steno Impero será liberado em breve.
A apreensão iraniana mais recente a ser relatada ocorre na sequência de uma série de incidentes envolvendo a navegação dentro e nas proximidades do Golfo Pérsico desde que sanções dos EUA às exportações de petróleo iranianas entraram plenamente em vigor em maio.
Os incidentes coincidiram com uma intensificação de ataques dos houthis a alvos na Arábia Saudita.