Irã diz que deixará tratado nuclear global se caso for para ONU

20 jan 2020 - 07h40
(atualizado às 11h50)

O Irã disse nesta segunda-feira que pode abandonar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), se os países europeus encaminharem a questão nuclear do país ao Conselho de Segurança da ONU.

Ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, chega ao aeroporto de Nova Délhi
14/01/2020 REUTERS/Adnan Abidi
Ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, chega ao aeroporto de Nova Délhi 14/01/2020 REUTERS/Adnan Abidi
Foto: Reuters

O TNP de 1968 é o alicerce do controle global de armas nucleares desde a Guerra Fria, incluindo um acordo de 2015 assinado pelo Irã com potências mundiais que lhe ofereceu acesso ao comércio global em troca de aceitar restrições ao seu programa atômico.

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Reino Unido, França e Alemanha declararam na semana passada que o Irã está violando o pacto de 2015 e lançaram um mecanismo de controvérsias que poderia eventualmente levar a questão ao Conselho de Segurança e à reimposição de sanções da ONU.

"Se os europeus continuarem com seu comportamento inadequado ou enviarem o processo do Irã ao Conselho de Segurança, nos retiraremos do TNP", disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, de acordo com a agência de notícias estatal IRNA.

O destino do pacto de 2015 está em dúvida desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do acordo e restabeleceu as sanções. O Irã respondeu diminuindo seus compromissos, embora diga que deseja que o pacto sobreviva.

A disputa nuclear está no centro de uma escalada entre Washington e Teerã, que explodiu em confrontos militares nas últimas semanas.

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O TNP, de 190 membros, proíbe outros signatários além de Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França de adquirir armas nucleares, em troca de permitir-lhes programas nucleares pacíficos para geração de energia, supervisionados pela ONU.

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