O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse no Twitter nesta sexta-feira que qualquer presença militar no Golfo Pérsico vinda de fora da região seria uma "fonte de insegurança" para seu país, e que Teerã agiria para salvaguardar sua segurança.
Washington está cortejando parceiros internacionais para uma coalizão de segurança marítima em um momento de tensões acirradas com o Irã. Na manhã desta sexta-feira, Teerã desaconselhou qualquer presença de seu arquirrival Israel na coalizão em planejamento.
"(O) Golfo Pérsico é uma tábua de salvação vital, e portanto, naturalmente, uma prioridade de segurança para o Irã, que há tempos assegura a segurança marítima", tuitou Zarif.
"Ciente desta realidade, qualquer presença extra-regional é por definição (uma) fonte de insegurança... o Irã não hesitará em salvaguardar sua segurança."
Na segunda-feira, o Reino Unido disse que se unirá aos Estados Unidos na missão de segurança marítima no Golfo Pérsico para proteger embarcações depois que o Irã confiscou um navio-tanque de bandeira britânica.
O tráfego no Estreito de Ormuz, pelo qual um quinto do tráfego mundial de petróleo circula, se tornou o foco de um impasse entre Washington e Teerã depois que o presidente Donald Trump retirou os EUA de um pacto nuclear de 2015 e reativou sanções contra Teerã.
O Irã diz que tem, junto com outros países da região, a responsabilidade de proteger a rota marítima.