Irã diz que vai retaliar se EUA tentarem bloquear exportações de petróleo

24 jul 2018 - 10h04

O Irã vai reagir com medidas na mesma proporção se os Estados Unidos tentarem bloquear suas exportações de petróleo, disse o Ministério de Relações Exteriores iraniano nesta terça-feira, e o chefe das Forças Armadas da República Islâmica afirmou que as ameaças dos EUA poderiam gerar uma reação "inimaginável e indesejável".

Bandeiras do Irã Teerã 10/02/2012 REUTERS/Morteza Nikoubazl
Bandeiras do Irã Teerã 10/02/2012 REUTERS/Morteza Nikoubazl
Foto: Reuters

Autoridades dos EUA têm intensificado esforços diplomáticos para pressionar outros países a paralisar as importações de petróleo iraniano.

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"Se os Estados Unidos querem tomar um passo sério nesta direção, serão definitivamente recebidos com uma reação e contramedidas equivalentes por parte do Irã", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Bahram Qassemi, segundo a agência estatal de notícias Irna.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, reiterou no sábado a sugestão do presidente iraniano, Hassan Rouhani, de que Teerã pode bloquear exportações de petróleo do Golfo Pérsico se suas próprias exportações forem interrompidas.

As já tensas relações entre Teerã e Washington têm piorado nos últimos dias.

O chefe das Forças Armadas do Irã, general Mohammad Bagheri, disse nesta terça-feira que o Irã quer paz, mas vai defender seus interesses no Golfo Pérsico.

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"Como poder dominante no Golfo Pérsico e no Estreito de Ormuz, o Irã tem sido o garantidor da segurança dos embarques e da economia global nessa passagem vital, e tem força para tomar medidas contra qualquer plano para essa região", disse Bagheri.

Na segunda-feira, o Irã minimizou um alerta do presidente norte-americano, Donald Trump, de que estaria arriscando sofrer consequências terríveis, "como poucos durante a história sofreram antes", se fizesse novamente ameaças contra os EUA.

O Irã tem enfrentado a ameaça de sanções dos Estados Unidos desde que Trump decidiu, em maio, retirar Washington de um acordo nuclear fechado em 2015 entre potenciais mundiais e Teerã.

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