A polícia iraniana prendeu mais de 700 manifestantes, incluindo 60 mulheres, durante a repressão aos protestos contra a morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, no norte do país, informou a imprensa local neste sábado (24).
Segundo a agência de notícias Tasnim, citando o general Azizollah Maleki, chefe de polícia da província de Guilan, no norte do Irã, "739 manifestantes, incluindo 60 mulheres", foram detidos. Amini morreu enquanto estava sob custódia da polícia da moral por usar o véu islâmico de maneira "incorreta".
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, declarou que as manifestações e os distúrbios no Irã devem ser tratados "com dureza".
Citado pela agência estatal iraniana Irna, Raisi descreveu os militantes como "manifestantes que perturbam a ordem e a segurança no país", ao falar ao telefone com Mohammadrasul Doustbeigi, membro da Guarda Revolucionária (Pasdaran) e da milícia que defende os lugares sagrados xiitas e que luta no Iraque e na Síria.
Até o momento, de acordo com as autoridades de Teerã, ao menos 35 pessoas morreram após uma semana de protestos. No entanto, instituições não oficiais falam em pelo menos 50, além de centenas de feridos e prisões.
Nas redes sociais, apesar dos bloqueios de acesso à internet promovidos pelo governo, vídeos e imagens dos protestos são compartilhados.
Brave Iranians’ uprising against the Muslim rule has reached a whole new level. They are now bringing down all symbols of Islam.
They continue to chant “take your Islam and go” and demand to have the royal family back in Iran to create constitutional monarchy. https://t.co/8amAsCoMJe
— Mahyar Tousi (@MahyarTousi) September 23, 2022