A Irlanda está investigando um possível caso de ebola no país, de um homem morto cujo corpo chegou recentemente de Serra Leoa, no oeste da África - onde há uma epidemia do vírus.
Acredita-se que a morte tenha ocorrido há poucos dias, com sintomas semelhantes aos do ebola. O corpo do homem foi levado ao Hospital Geral de Letterkenny, no condado de Donegal, nesta quinta-feira.
O Serviço Irlandês de Saúde informou que estão sendo realizados testes para determinar se houve contaminação pelo ebola. Os resultados são aguardados para sexta-feira.
"O departamento de saúde pública foi informado nesta quinta-feira dos restos mortais de um indivíduo, que havia viajado recentemente para uma das áreas na África afetadas pela atual epidemia de ebola", diz o órgão, acrescentando que o corpo foi isolado para minimizar as possibilidades de contaminação.
"Amostras de sangue foram enviadas ao laboratório para confirmar se esse indivíduo havia ou não contraído o ebola."
Darina O'Flanagan, chefe do centro de proteção à saúde do Serviço, disse que, em geral, "o risco de contrair o vírus do ebola é muito baixo - envolveria contato pessoal próximo com o indivíduo infectado ou seus fluidos corporais".
Curado
Também nesta quinta, um trabalhador humanitário americano se recuperou de uma infecção do ebola e recebeu, com um outro paciente, alta do hospital onde estava internado, em Atlanta, nos EUA.
Kent Brantly, que é médico e atuava em uma organização samaritana na África, e Nancy Writebol, haviam sido levados aos EUA para tratamento, três semanas atrás, após ter contraído o vírus na Libéria.
Brantly diz estar "feliz por estar vivo" e afirmou que o dia de sua alta hospitalar foi "milagroso".
Bruce Ribner, infectologista que tratou Brantly, disse que, após testes rigorosos, o paciente se recuperou e "pode voltar ao convívio de sua família e de sua comunidade sem preocupações quanto à saúde pública".
O marido de Nancy, a outra paciente, disse em comunicado que ela está livre do vírus, mas bastante fragilizada pela doença.
A epidemia de ebola já matou mais de 1,3 mil pessoas no oeste africano, com uma taxa de mortalidade entre 50% e 60%.