Israel ataca porto na Faixa de Gaza; foguetes são disparados do Líbano contra Israel

Mais de 1.800 pessoa, entre palestinos e israelenses, já morreram desde o início do conflito entre o Hamas e Israel em 7 de outubro

10 out 2023 - 12h32
(atualizado às 13h59)
Nuvens de fumaça após os ataques israelenses ao porto marítimo da Cidade de Gaza, em Gaza, em 10 de outubro de 2023
Nuvens de fumaça após os ataques israelenses ao porto marítimo da Cidade de Gaza, em Gaza, em 10 de outubro de 2023
Foto: Reuters

A escalada da violência na Faixa de Gaza continua. No quarto dia do conflito Hamas-Israel, o governo isralense continua os ataques contra a Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e pelo mar. Imagens mostraram o momento em que o porto de Gaza, no Mar Mediterrâneo foi atacada nesta terça-feira, 10.  

Além do porto, mercados, mesquitas e prédios da cidade, que tem uma das maiores densidades populacionais do mundo, foram destruídos. As Nações Unidas disseram que 180.000 habitantes de Gaza ficaram desabrigados, muitos deles amontoados nas ruas ou em escolas. 

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No necrotério do hospital Khan Younis, em Gaza, os corpos foram colocados no chão em macas com os nomes escritos em suas barrigas. Os médicos pediram aos parentes que pegassem os corpos rapidamente, pois não havia mais espaço para os mortos.

Até o momento mais de 1.800 pessoas, entre palestinos e israelenses, morreram no confronto entre o Hamas e Israel. O governo israelense relatou que o Hamas mantém cerca de 150 reféns. 

Líbano e Israel

A instabilidade também chegou a fronteira de Israel com o sul do Líbano. Uma salva de foguetes foi disparada do sul do país em direção a Israel, disseram três fontes de segurança à Reuters.  Segundo o  Haaretz, o Hezbollah disparou um míssil antitanque contra um veículo militar de Israel, que atacou um dos  postos de observação do Hezbollah em resposta.

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Uma fonte de segurança afirmou que o bombardeio foi realizado por facções palestinas. Uma segunda fonte disse que os bombardeios israelenses estavam atingindo a área sul de onde os foguetes foram lançados. As Forças Armadas israelenses disseram que estavam respondendo com fogo de artilharia aos lançamentos vindos do território libanês.

O Líbano já estava apreensivo depois que seis combatentes foram mortos ao longo da fronteira na segunda-feira - três membros do Hezbollah, um oficial israelense e dois militantes palestinos que desencadearam a violência ao se infiltrarem em Israel a partir do Líbano. A força de paz interina das Nações Unidas no sul, conhecida como Unifil, disse que estava verificando relatos de foguetes sendo disparados.

O Hezbollah expressou apoio aos palestinos, dizendo que suas "armas e foguetes" estão com eles. No domingo, o Hezbollah disparou contra três posições israelenses nas disputadas fazendas de Shebaa, ao longo da fronteira, e contra mais dois postos militares em Israel na segunda-feira. Mas a facção xiita, fortemente armada, até agora não abriu uma segunda frente importante contra Israel.

Fumaça vista na cidade de Kfarchouba, no sul do Líbano, em 10 de outubro de 2023.
Foto: Reuters

Escalada da violência

Desde sábado, 7, quando o Hamas iniciou onda de ataque contra Israel, conseguindo burlar o bloqueio a Faixa de Gaza, o número de mortos e feridos segue aumentando. Até esta terça-feira, 10, mais de 1.800 pessoas, entre palestinos e israelenses, morreram. Há mais de 6 mil feridos, sendo 2.400 israelenses e  4 mil palestinos. 

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Entre os mortos também estão dois brasileiros: Ranani Glazer, de 23 anos, que serviu o exército israelense, e  Bruna Valeanu, de 24 anos. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também trabalha para repatriar mais de 2.200 brasileiros, a maioria turistas sem cidadania israelense. Os brasileiros serão repatriados em uma operação conjunta com a Força Aérea Brasileira (FAB).  

Os 25 brasileiros que vivem na Faixa de Gaza, no estado da Palestina, tentam de alguma maneira sair da região pelo Egito. O governo brasileiro tenta negociar uma evacuação em segurança. 

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