Israel bombardeia Beirute e mata membro importante do Hezbollah

Ataque em grande escala deixou ao menos 8 mortos e 59 feridos

20 set 2024 - 13h38
(atualizado às 14h11)

O Exército de Israel bombardeou Beirute nesta sexta-feira (20), no maior ataque ao Líbano desde o início da guerra na Faixa de Gaza, deixando ao menos oito mortos e 59 feridos, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde libanês.

    Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), entre as vítimas está Ibrahim Aqil, um dos principais comandantes de operações militares do Hezbollah, além de outros membros do grupo.

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    O jornal "Times of Israel" divulgou que Aqil fazia parte do conselho da Jihad, o mais alto órgão militar do Hezbollah, e era procurado pelos Estados Unidos por seu papel no bombardeio de 1983 contra um quartel da Marinha em Beirute e por dirigir a tomada de reféns americanos e alemães no Líbano na década de 1980.

    Segundo os relatos, uma recompensa de US$ 7 milhões havia sido colocada sobre ele pelo governo dos EUA durante anos. Já em 2015, os Estados Unidos classificaram o comandante como terrorista, principalmente por seu nome estar ligado a numerosos ataques terroristas em todo o mundo e à atividade militar na Síria.

    As FDI confirmaram que fizeram um "ataque direcionado" contra Beirute, provocando a destruição de diversas residências na periferia sul da capital. A imprensa local divulgou imagens de entulhos após a queda de um prédio.

    "Ouvimos gritos e gritos de civis no local, pessoas correndo em busca de vítimas sob os escombros, sirenes de ambulâncias", diz a publicação.

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    A TV Hezbollah, al Manar, declarou que Israel conduziu um ataque com vários mísseis disparados na periferia de Beirute contra um edifício na área de Jamus.

    Enquanto isso, nesta manhã, o Exército israelense afirmou que cerca de 70 foguetes foram disparados do Líbano para o norte de Israel na segunda onda de ataques em meia hora.

    Por sua vez, o Hezbollah informou que apenas respondeu aos ataques aéreos israelenses no sul do Líbano com uma série de ataques com foguetes na Alta Galileia. No total, 130 foguetes foram disparados, informou a mídia israelense.

    Além disso, garantiu que Israel sofrerá " uma resposta destrutiva da frente de resistência" depois que explosões de dispositivos no Líbano mataram pelo menos 30 pessoas e feriram milhares.

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    Este é o terceiro ataque israelense ao reduto do Hezbollah na periferia sul da capital libanesa Os anteriores mataram Fuad Shukr em 30 de julho e o vice-líder do Hamas, Saleh al-Aruri, em 2 de janeiro.

    A tensão provocou crescentes apelos de paz, e o Conselho de Segurança da ONU se reunirá ainda nesta sexta-feira para analisar a situação. Já a Casa Branca expressou preocupação "com uma possível escalada" na região, apelando a uma solução diplomática "alcançável" e "urgente". .

  
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