Aviões de combate supostamente israelenses bombardearam a embaixada do Irã na Síria nesta segunda-feira, 1º, em uma escalada da guerra de Israel contra os representantes regionais do Irã, destruindo um prédio em um ataque que, segundo o governo iraniano, matou um importante comandante da Guarda Revolucionária e vários diplomatas.
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Os repórteres da Reuters que estiveram no local, no distrito de Mezzeh, em Damasco, viram socorristas escalando os escombros de um prédio destruído dentro do complexo diplomático, adjacente ao prédio principal da embaixada. Veículos de emergência estavam estacionados do lado de fora. Uma bandeira do Irã estava pendurada em um mastro em frente aos escombros.
Os ministros das Relações Exteriores e do Interior da Síria foram vistos no local.
Há muito tempo, Israel tem como alvo instalações militares iranianas e as de seus aliados na Síria, e aumentou esses ataques paralelamente à sua campanha contra o grupo palestino Hamas, apoiado pelo Irã, na Faixa de Gaza. O ataque desta segunda-feira foi a primeira vez que o vasto complexo da embaixada foi atingido.
Israel normalmente não comenta sobre os ataques de suas forças na Síria. Questionado sobre o ataque, um porta-voz militar israelense disse: "Não comentamos as reportagens da mídia estrangeira".
O embaixador iraniano na Síria, Hossein Akbari, que não ficou ferido, disse que pelo menos cinco pessoas foram mortas no ataque e que a resposta de Teerã seria "dura".
A mídia estatal iraniana disse que um dos mortos foi Mohammad Reza Zahedi, um comandante sênior do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã, e que Teerã acreditava que ele era o alvo do ataque. Segundo a mídia estatal síria, pelo menos seis pessoas foram mortas e várias outras ficaram feridas.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, disse que o país preserva o direito de tomar ações recíprocas contra o ataque israelense em Damasco, de acordo com a mídia estatal iraniana.
A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Desde o ataque a Israel da facção palestina Hamas, apoiada pelo Irã, em 7 de outubro, Israel intensificou os ataques aéreos na Síria contra a milícia libanesa Hezbollah, apoiada pelo Irã, e a Guarda Revolucionária do Irã, ambos apoiando o governo do presidente Bashar al-Assad.
Na sexta-feira, Israel realizou seus ataques mais mortais em meses na província de Aleppo, no norte da Síria, e matou um combatente sênior do Hezbollah no Líbano. O país também tem atacado regularmente os aeroportos de Aleppo e Damasco, em uma tentativa de interromper as transferências de armas do Irã para seus aliados.
Os militares israelenses disseram nesta segunda-feira que impediram que armas avançadas, incluindo cargas de estilhaços e minas antitanque, fossem contrabandeadas do Irã para a Cisjordânia.