O governo de Binyamin Netanyahu decidiu não enviar uma delegação ao Egito para negociações sobre um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza. A guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro e que já matou mais de 30 mil palestinos e 1.200 israelenses segue sem previsão de fim. Entidades internacionais alertam para o avanço da fome em Gaza.
Segundo autoridades israelenses relataram para a CNN Internacional, o recuo nas negociações para o cessar fogo foram motivados pela falta de respostas do Hamas. O grupo não concordou com duas exigências do governo de Netanyahu: uma lista atualizada com os reféns vivos e mortos e a definição do número de prisioneiros palestinos a serem libertados das prisões israelenses em troca dos reféns.
Uma delegação do Hamas chegou ao Cairo neste domingo, 3, para uma rodada de negociações sobre um possível cessar fogo. O grupo palestino também tem suas exigências. Segundo a emissora, o Hamas só concordará com um acordo sobre reféns quando Israel concordar com um cessar-fogo permanente.
O grupo também pede a retirada das Forças de Defesa de Israel (IDF) da Faixa de Gaza e o retorno mais de 1 milhão de palestinos deslocados ao sul para o norte da faixa.
O impasse foi uma espécie de balde de água fria para o governo dos Estados Unidos. No sábado, um membro do governo de Joe Biden, disse aos repórteres que Israel “basicamente aceitou” uma proposta de cessar-fogo de seis semanas em Gaza e estava aguardando a resposta do Hamas.
Os negociadores disseram que estavam pressionando para que o acordo fosse fechado a tempo para o início do Ramadã, que começa daqui a uma semana. Biden chegou a dizer aos repórteres no início da semana que esperava que houvesse um cessar-fogo na “próxima segunda-feira”, referindo-se a amanhã, 4.