O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu dificulta acordos de troca de reféns, segundo o porta-voz do gabinete internacional do Hamas. Em entrevista ao portal Metrópoles, o membro afirma que Israel recusa "qualquer cessar-fogo" em busca de "atingir seus objetivos militarmente".
"Israel é o principal obstáculo a qualquer acordo de troca de prisioneiros", afirmou o representante. "A realidade no terreno é que o seu exército [de Israel] enfrenta uma resistência feroz e não consegue obter ganhos significativos".
No dia 28 de outubro, Yahya Sinouar, líder da organização terrorista na Faixa de Gaza, propôs a troca dos reféns por todos os presos palestinos nos últimos anos. Estados Unidos, Hamas e Israel teriam chegado a acordo e pausariam ataques por cinco dias, segundo informações do jornal Washington Post, para efetivar a troca. Entretanto, Netanyahu e a Casa Branca negaram a informação.
"Ainda não há acordo, mas continuamos trabalhando duro para conseguir um", comunicou Adrienne Watson, do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, no sábado, 18.
Desde o início dos ataques do Hamas no dia 7 de outubro, o grupo capturou aproximadamente 200 reféns israelenses. Segundo relatório divulgado em julho pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), cerca de 5 mil palestinos estavam presos em Israel — 1.100 deles sem acusações ou julgamento.