Israel e Hamas fecham acordo de cessar-fogo em Gaza, anuncia Catar

Primeira fase do pacto entrará em vigor em 19 de janeiro

15 jan 2025 - 17h11
(atualizado às 17h20)

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, anunciou nesta quarta-feira (15) que o cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza começará a partir do próximo domingo (19).

    Durante o anúncio oficial, o chefe de governo pediu para que todas as partes envolvidas mantenham a calma no enclave palestino até o dia 19, acrescentando que o Egito e os Estados Unidos vão supervisionar a implementação da trégua.

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    Ainda segundo o premiê, a primeira fase do acordo, que terá início no domingo, envolverá a libertação de 33 reféns mantidos pelo grupo fundamentalista islâmico e seus aliados.

    O objetivo da segunda trégua assinada desde o início das hostilidades é aplicar em etapas as medidas até que levem ao fim total da guerra, que já deixou mais de 48 mil mortos em 15 meses.

    A previsão é que a fase seguinte do acordo possa entrar em vigor no 16º dia após o início do pacto. A segunda etapa envolveria a soltura de soldados e jovens civis homens, bem como a devolução dos corpos dos que morreram.

    A terceira e última fase indica o início das conversas para a entrada de um governo alternativo em Gaza, além do debate de ideias para reconstruir a devastada região. O documento ainda menciona a retirada de tropas da área.

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    Enquanto isso, Israel vai libertar mais de mil palestinos no período, menos os membros do Hamas que estiveram presentes no ataque de 7 de outubro de 2023, ação que fez o conflito explodir.

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ainda não se posicionou sobre o assunto. Uma fonte do gabinete do chefe de governo declarou que ele "se dirigirá ao público somente depois que o acordo for concluído". O Hamas, contudo, mencionou que a trégua só foi alcançada graças à "persistência" palestina.

    Com o fim dos bombardeios, os moradores do enclave poderão receber mais ajuda humanitária de organizações internacionais.

    Além disso, a travessia de Rafah, que fica entre Egito e Gaza, deverá autorizar a passagem de doentes e outras pessoas que precisam de cuidados médicos.

    "Aplaudo o anúncio do acordo para o cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns, que é um primeiro passo crucial. Peço às partes que garantam que este acordo seja totalmente implementado. Nossa prioridade agora é aliviar o sofrimento causado por esta guerra", disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

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    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, celebrou o anúncio do acordo, principalmente por levar "esperança a uma região inteira, onde as pessoas têm suportado imenso sofrimento por um longo tempo".

    "Saúdo calorosamente o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza. Os reféns serão reunidos com seus entes queridos e a ajuda humanitária poderá chegar aos civis em Gaza", escreveu a líder da UE.

    A Itália recebeu com bons olhos a notícia recebida do Oriente Médio e parabenizou os países que participaram da intermediação.

    "A Itália saúda calorosamente o anúncio de um acordo para um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns nas mãos do Hamas e parabeniza o Egito, Catar e os Estados Unidos pelo resultado alcançado após uma longa negociação que o governo italiano sempre apoiou com convicção", diz nota do Palazzo Chigi. .

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