Aviões israelenses lançaram panfletos sobre o sul de Gaza neste sábado mostrando uma foto do chefe morto do Hamas Yahya Sinwar com a mensagem de que "o Hamas não governará mais Gaza", reforçando a linguagem usada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O fato ocorre no momento em que ataques militares israelenses mataram pelo menos 32 pessoas na Faixa de Gaza e reforçaram o cerco aos hospitais em Jabalia, no norte do enclave, disseram autoridades de saúde palestinas.
"Quem baixar as armas e entregar os reféns terá permissão para sair e viver em paz", dizia o folheto, escrito em árabe, segundo moradores da cidade de Khan Younis, no sul do país, e imagens que circulam online.
O texto do folheto foi retirado de uma declaração de Netanyahu na quinta-feira, depois que Sinwar foi morto por soldados israelenses que operavam em Rafah, no sul, perto da fronteira egípcia, na quarta-feira.
O ataque de 7 de outubro que Sinwar planejou contra as comunidades israelenses há um ano matou cerca de 1.200 pessoas e fez outras 253 reféns, de acordo com registros israelenses.
A guerra subsequente de Israel devastou Gaza, matando mais de 42.500 palestinos e com outros 10.000 mortos que se acredita estarem sob os escombros, dizem as autoridades de saúde de Gaza.
No campo de Al-Maghzai, no centro de Gaza, um ataque israelense a uma casa matou 11 pessoas. Outro ataque no campo vizinho de Nuseirat matou outras quatro pessoas.
Dois ataques nas cidades de Khan Younis e Rafah, no sul de Gaza, deixaram cinco outras pessoas mortas, segundo os médicos. No campo de Shati, no norte de Gaza, sete palestinos foram mortos.