Israel matou um comandante militante palestino veterano durante ataques aéreos intensos em Gaza nesta segunda-feira, e grupos islâmicos retomaram os ataques com foguetes contra cidades israelenses, apesar dos clamores internacionais crescentes por um cessar-fogo.
As piores hostilidades na região em anos entraram na segunda semana, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pediu aos dois lados que protejam os civis e disse que os EUA estão trabalhando intensamente nos bastidores para deter o conflito.
Autoridades de saúde de Gaza estimam o número de mortos palestinos desde que as hostilidades começaram na semana passada em 201, incluindo 58 crianças e 34 mulheres. Dez pessoas foram mortas em Israel, incluindo duas crianças, disseram autoridades israelenses.
A morte de Hussam Abu Harbeed, comandante da Jihad Islâmica no norte de Gaza, provavelmente provocará uma reação contundente do grupo militante que luta ao lado do Hamas, o movimento islâmico que governa o enclave litorâneo.
Os militares de Israel disseram que Harbeed esteve "por trás de vários ataques terroristas com mísseis antitanque contra civis israelenses", e um general israelense disse que seu país pode continuar com a luta "para sempre".
Grupos militantes de Gaza tampouco deram sinal de que o fim dos combates é iminente. Pouco após a morte de Harbeed, a Jihad Islâmica disse ter disparado foguetes contra a cidade israelense litorânea de Ashdod, e a polícia israelense disse que três pessoas ficaram levemente feridas.
Ao menos três palestinos também foram mortos por um ataque aéreo de Israel contra a Cidade de Gaza nesta segunda-feira, disseram médicos, após uma noite de bombardeios israelenses pesados. Os militares do Estado judeu disseram que os militantes de Gaza dispararam cerca de 60 foguetes rumo a cidades israelenses de madrugada -- menos do que os 120 e 200 das duas noites anteriores.
Outro palestino foi morto por um ataque aéreo na cidade de Jabalya, segundo médicos.
"Meus filhos não conseguiram dormir a noite toda, mesmo depois de a onda de bombardeio intenso parar", disse Umm Naeem, de 50 anos e mãe de cinco filhos, enquanto comprava pão na Cidade de Gaza na esteira dos ataques aéreos mais recentes de Israel.
Nomeado na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o enviado Hady Amr se encontrou com autoridades palestinas em Ramallah, na Cisjordânia, nesta segunda-feira, e Blinken disse que autoridades dos EUA estão "trabalhando sem parar" para encerrar o conflito.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por telefone, nesta segunda, que espera um rápido fim aos combates entre israelenses e palestinos, informou um porta-voz do governo alemão.