Israel nega ter atacado civis em fuga: "É uma mentira do Hamas"

Segundo a acusação do Ministério do Interior de Gaza, a ofensiva teria deixado pelo menos 70 mortos e 200 feridos na estrada Salah al-Din

15 out 2023 - 10h58
(atualizado às 11h25)
Militares israelenses na fronteira com Gaza
Militares israelenses na fronteira com Gaza
Foto: REUTERS/Ronen Zvulun

O Exército de Israel negou a denúncia do grupo fundamentalista islâmico Hamas de que lançou um bombardeio contra palestinos que se deslocavam em direção ao sul de Gaza em carros e caminhões, na última sexta-feira, 13. 

"É uma mentira do Hamas", declarou o porta-voz militar Daniel Hagari em coletiva de imprensa neste domingo, 15.

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Segundo a acusação do Ministério do Interior de Gaza, a ofensiva teria deixado pelo menos 70 mortos e 200 feridos ao longo da estrada Salah al-Din, atingida por quatro bombas. Por sua vez, as Forças de Defesa de Israel acusaram o grupo terrorista de impedir a passagem dos comboios dos civis que tentam sair do norte para o sul da Faixa de Gaza.

Na quinta-feira passada, o Exército israelense determinou a saída dos civis palestinos da região em 24 horas, prazo que foi encerrado na sexta. No sábado, 14, porém, as Forças de Defesa estenderam o prazo e indicaram duas rotas seguras para os residentes deixarem a região.

Ataque em rota indicada para fuga

Um ataque na Palestina atingiu civis que seguiam rumo ao sul de Gaza, através da rota indicada por Israel, que prometeu segurança no trajeto. A ofensiva aconteceu nesta sexta-feira, 13, e deixou 70 mortos, incluindo crianças e mulheres. O Ministério de Saúde palestino culpa Israel pelo ataque.

Segundo informações da BBC News, o ataque aconteceu na via Salah Al-Din. Essa e a Al-Bahr foram as duas vias liberadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), que deram mais 6 horas para que as pessoas da Faixa de Gaza se deslocassem para o sul da região, próximo à fronteira com o Egito. O período se encerrou neste sábado, 14, às 10h no horário de Brasília (16h no horário local). 

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A GloboNews teve acesso a imagens, feitas pelo cidadão brasileiro Ahmed Alajrami, que mostram outros grupos de palestinos sendo atingidos no trajeto, mesmo com a proposta de segurança de Israel. Na filmagem apareceram ao menos 18 corpos, entre eles crianças pequenas, caídos pela rua e em cima de caminhões.

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