O Exército de Israel negou a denúncia do grupo fundamentalista islâmico Hamas de que lançou um bombardeio contra palestinos que se deslocavam em direção ao sul de Gaza em carros e caminhões, na última sexta-feira, 13.
"É uma mentira do Hamas", declarou o porta-voz militar Daniel Hagari em coletiva de imprensa neste domingo, 15.
Segundo a acusação do Ministério do Interior de Gaza, a ofensiva teria deixado pelo menos 70 mortos e 200 feridos ao longo da estrada Salah al-Din, atingida por quatro bombas. Por sua vez, as Forças de Defesa de Israel acusaram o grupo terrorista de impedir a passagem dos comboios dos civis que tentam sair do norte para o sul da Faixa de Gaza.
Na quinta-feira passada, o Exército israelense determinou a saída dos civis palestinos da região em 24 horas, prazo que foi encerrado na sexta. No sábado, 14, porém, as Forças de Defesa estenderam o prazo e indicaram duas rotas seguras para os residentes deixarem a região.
Ataque em rota indicada para fuga
Um ataque na Palestina atingiu civis que seguiam rumo ao sul de Gaza, através da rota indicada por Israel, que prometeu segurança no trajeto. A ofensiva aconteceu nesta sexta-feira, 13, e deixou 70 mortos, incluindo crianças e mulheres. O Ministério de Saúde palestino culpa Israel pelo ataque.
Segundo informações da BBC News, o ataque aconteceu na via Salah Al-Din. Essa e a Al-Bahr foram as duas vias liberadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), que deram mais 6 horas para que as pessoas da Faixa de Gaza se deslocassem para o sul da região, próximo à fronteira com o Egito. O período se encerrou neste sábado, 14, às 10h no horário de Brasília (16h no horário local).
A GloboNews teve acesso a imagens, feitas pelo cidadão brasileiro Ahmed Alajrami, que mostram outros grupos de palestinos sendo atingidos no trajeto, mesmo com a proposta de segurança de Israel. Na filmagem apareceram ao menos 18 corpos, entre eles crianças pequenas, caídos pela rua e em cima de caminhões.