As forças de segurança de Israel prenderam sete moradores de Jerusalém sob a alegação de que eles planejavam assassinar autoridades israelenses e realizar outros ataques em nome do serviço de inteligência do Irã, disseram o Shin Bet e a polícia nesta terça-feira.
É o quinto caso envolvendo tentativas de assassinatos dirigidos pela inteligência iraniana que foram frustradas pelos serviços de segurança israelenses no mês passado, segundo um comunicado conjunto da polícia e do Shin Bet, a agência de segurança interna de Israel.
Os sete suspeitos, moradores do bairro predominantemente palestino de Beit Safafa, em Jerusalém, planejavam executar o assassinato de um cientista israelense graduado e do prefeito de uma grande cidade de Israel, que não teve o nome revelado, de acordo com o comunicado.
"Cientistas e prefeitos, além de membros do alto escalão do sistema de segurança e outras autoridades israelenses de alto escalão, são alvos de ataques de elementos iranianos", disse uma fonte graduada do Shin Bet, citando informações dos serviços de segurança.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã não estava disponível para comentar o assunto em um primeiro momento nesta terça-feira.
A investigação dos serviços de segurança também estabeleceu que os suspeitos foram encarregados de explodir um veículo da polícia e jogar uma granada em uma casa com a promessa de receber 200.000 shekels, disse o comunicado.
Um dos suspeitos, um jovem de 23 anos, estava em contato com uma entidade estrangeira. Posteriormente, o indivíduo recrutou um grupo de auxiliares que incendiaram um veículo em Jerusalém, picharam vários locais e reuniram informações em Israel sob a orientação de autoridades iranianas no exterior.
Durante uma busca nas casas dos suspeitos, as forças de segurança encontraram 50.000 shekels (equivalente a 13.240 dólares) em dinheiro, uma placa de carro de polícia falsa e vários cartões de crédito.
A detenção deles foi prorrogada até 24 de outubro e espera-se que o gabinete do promotor do distrito de Jerusalém apresente uma acusação por "sérios delitos de segurança", disse o comunicado.
Na segunda-feira, os serviços de segurança de Israel disseram que desarticularam uma rede de espionagem que coletava informações para a inteligência iraniana, após a prisão, em setembro, de um cidadão israelense suspeito de envolvimento em um plano de assassinato apoiado pelo Irã contra pessoas importantes, incluindo o primeiro-ministro.
Israel tem um longo histórico de operações de inteligência no Irã, supostamente incluindo o assassinato, em julho, de Ismail Haniyeh, líder político do grupo islâmico palestino Hamas, em uma pousada estatal em Teerã. Israel não reivindicou responsabilidade por esse assassinato.