O Exército israelense realizou nesta quarta-feira (15) uma operação militar no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que a operação é "precisa" e "direcionada" contra o grupo fundamentalista islâmico Hamas "em uma área específica" da unidade.
No comunicado, os militares israelenses ainda pediram para que todos os combatentes do Hamas presentes no hospital se rendessem.
"Facilitamos a evacuação em grande escala do hospital e mantivemos um diálogo regular com as autoridades hospitalares", informaram as IDF.
A emissora britânica BBC, citando uma testemunha, apontou que mais de 100 soldados israelenses participaram da ofensiva no Al-Shifa. O ataque ainda teve a presença de tanques e escavadeiras.
"As forças de ocupação de Israel estão cometendo um novo crime contra a humanidade, médicos e pacientes ao sitiarem e bombardearem o hospital", disse a ministra da Saúde de Gaza, Mai Al-Kaila.
Ainda não há informações sobre a quantidade de mortos e feridos na operação, mas o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA), citando o Ministério da Saúde do enclave palestino, apontou que 40 pacientes faleceram.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), definiu a incursão militar israelense no hospital como "profundamente preocupante".
Itália
O ministro da Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, definiu a atual situação na Faixa de Gaza como "dramática".
"Fizemos tudo o que pudemos para tentar convencer Israel a não atacar a população civil. Concordamos com os EUA que não devemos lutar dentro dos hospitais. Devemos distinguir entre o Hamas, uma organização terrorista responsável por tudo o que está acontecendo, e os palestinos, que nada têm a ver com o Hamas", frisou o político.
Tajani ainda declarou que a Itália está "disponível" para acolher palestinos feridos em hospitais no país europeu, bem como enviar médicos. .