Israel sinaliza atraso em anexação de parte da Cisjordânia

1 jul 2020 - 14h24

A anexação israelense de parte da Cisjordânia ocupada pode demorar semanas, disse um ministro do governo, à medida que a data de início para as discussões do gabinete sobre o tema foi adiada, nesta quarta-feira, devido à ausência de sinal verde dos Estados Unidos.

Parte do assentamento judaico de Beit El à frente de Ramallah, na Cisjordânia ocupada por Israel
01/07/2020
REUTERS/Amir Cohen
Parte do assentamento judaico de Beit El à frente de Ramallah, na Cisjordânia ocupada por Israel 01/07/2020 REUTERS/Amir Cohen
Foto: Reuters

Os palestinos reivindicam a Cisjordânia para a construção de seu futuro Estado. Em uma demonstração de unidade palestina, cerca de 3 mil pessoas na Faixa de Gaza --incluindo membros do partido Fatah e do grupo rival Hamas-- protestaram contra a anexação.

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Os líderes israelenses decidiram em maio que as deliberações do gabinete e do Parlamento sobre a extensão da soberania israelense aos assentamentos judeus e ao vale do Jordão na Cisjordânia, em coordenação com Washington, poderiam começar a partir de 1º de julho.

Mas, ainda sem acordo com Washington sobre as modalidades da medida sob uma proposta de paz anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro, e negociações com a Casa Branca ainda em andamento, nenhuma sessão do gabinete foi marcada para esta quarta-feira.

"Acho que isso acontecerá nas próximas semanas ou meses, mas não tenho conhecimento dos detalhes", disse à Rádio Israel o ministro da Energia do país, Yuval Steinitz, membro do partido Likud, o mesmo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, sobre a anexação.

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