A anexação israelense de parte da Cisjordânia ocupada pode demorar semanas, disse um ministro do governo, à medida que a data de início para as discussões do gabinete sobre o tema foi adiada, nesta quarta-feira, devido à ausência de sinal verde dos Estados Unidos.
Os palestinos reivindicam a Cisjordânia para a construção de seu futuro Estado. Em uma demonstração de unidade palestina, cerca de 3 mil pessoas na Faixa de Gaza --incluindo membros do partido Fatah e do grupo rival Hamas-- protestaram contra a anexação.
Os líderes israelenses decidiram em maio que as deliberações do gabinete e do Parlamento sobre a extensão da soberania israelense aos assentamentos judeus e ao vale do Jordão na Cisjordânia, em coordenação com Washington, poderiam começar a partir de 1º de julho.
Mas, ainda sem acordo com Washington sobre as modalidades da medida sob uma proposta de paz anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro, e negociações com a Casa Branca ainda em andamento, nenhuma sessão do gabinete foi marcada para esta quarta-feira.
"Acho que isso acontecerá nas próximas semanas ou meses, mas não tenho conhecimento dos detalhes", disse à Rádio Israel o ministro da Energia do país, Yuval Steinitz, membro do partido Likud, o mesmo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, sobre a anexação.