O governo italiano abriu nesta segunda-feira (25), na região do Lazio, a cúpula de dois dias dos ministros das Relações Exteriores do G7 para debater as principais questões internacionais, incluindo as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.
O encontro, que será realizado nas cidades italianas de Anagni e Fiuggi, também tentará chegar a uma posição unida sobre o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza.
"Eu disse que precisávamos ter uma posição única sobre a decisão do TPI sobre Netanyahu, conversamos e veremos se conseguimos ter uma parte da declaração dedicada a isso", declarou o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
Segundo ele, os líderes políticos trabalham "para encontrar um acordo", sendo que a posição da Itália é clara. "Queremos chegar a um acordo com os outros países do G7 para ter uma posição unida. O problema também é político, não é só uma questão de justiça", concluiu.
Tajani, que é o anfitrião, se reuniá com os seus homólogos do G7, no Palazzo della Ragione, para uma primeira sessão de trabalho dedicada à situação no Oriente Médio e no Mar Vermelho.
De acordo com o chanceler italiano, serão discutidas com os parceiros formas de apoiar os esforços para parar um elevado nível de ataques em Gaza e no Líbano, iniciativas para apoiar a população e promover uma solução política para a estabilidade da região.
Por iniciativa italiana, também será abordado o tema das decisões do Tribunal Penal Internacional e os possíveis efeitos na crise atual.
Os debates continuarão em Fiuggi, com uma sessão de diálogo estendida aos ministros da Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Catar, além do secretário-geral da Liga Árabe.
No final do primeiro dia de trabalho e por ocasião do Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres, os ministros do G7 participarão na cerimônia de inauguração de um banco vermelho, onde também será colocada uma placa comemorativa.
Já o segundo dia útil será dedicado à Ucrânia - com a presença do Ministro das Relações Exteriores do país, Andrij Sybiha -, e questões sobre o Indo-Pacífico e a África serão discutidas.
Por causa da reunião, as autoridades italianas reforçaram a segurança na região. As delegações de Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Japão e a equipe do atual secretário de Estado americano, Antony Blinken, estão em Fiuggi. .