As autoridades sanitárias da Itália detectaram um caso de Covid-19 em um cidadão recém-chegado da África do Sul, país onde surgiu a variante Ômicron do Sars-CoV-2.
O paciente, natural da região da Campânia, no sul da Itália, apresenta sintomas leves e foi colocado em isolamento após testar positivo em um exame PCR. Sua família e contatos próximos também estão em quarentena.
"Tendo em vista as notícias dos últimos dias, todas as medidas de precaução foram tomadas imediatamente, e está sendo feito o sequenciamento do vírus para verificar sua natureza", declarou o governador da Campânia, Vincenzo De Luca.
A Itália já proibiu a entrada no país de pessoas que tenham transitado nos 14 dias anteriores por África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue, nações situadas na parte meridional do continente africano.
Essa região possui baixíssimos índices de vacinação contra a Covid-19 devido à distribuição desigual de imunizantes pelo mundo, o que pode explicar o surgimento de uma variante aparentemente mais agressiva.
Enquanto a Itália, por exemplo, tem 73% de sua população totalmente vacinada, no Lesoto, que lidera o ranking entre os sete países afetados pelo bloqueio, esse índice é de 27%, segundo o portal Our World in Data.
A Ômicron reúne cerca de 50 mutações na proteína spike, espécie de coroa de espinhos que reveste o Sars-CoV-2 e é usada pelo vírus para atacar as células humanas. Como a maior parte das vacinas disponíveis se baseia nessa proteína, existe o temor de que a variante possa ser resistente aos imunizantes.
Até o momento, África do Sul, Botsuana, Bélgica, Hong Kong, Israel e Reino Unido já detectaram casos provocados pela Ômicron. .