Itália diz apoiar Ucrânia para manter segurança da Europa

Declaração foi dada por Mattarella durante encontro com Zelensky

10 jan 2025 - 08h21
(atualizado às 08h34)

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, recebeu nesta sexta-feira (10), em Roma, seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e reforçou que seu país está determinado a manter seu apoio a Kiev, principalmente para manter a segurança de toda a Europa.

    Durante reunião no Palácio do Quirinal, o líder italiano explicou que o compromisso de Roma também é por causa da amizade que liga a Ucrânia e a Itália e do respeito às regras da comunidade internacional.

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    "Estou muito feliz em recebe-lo novamente no Palácio do Quirinal", declarou Mattarella, relembrando a reunião entre Zelensky e a premiê da Itália, Giorgia Meloni, na noite anterior, na qual foi reiterado o apoio do país à Ucrânia. "Também confirmo a determinação da Itália em manter um apoio total, inalterado e constante à Ucrânia, contra a agressão Rússia. Fazemos isso pela amizade que conecta a Ucrânia e a Itália, fazemos isso pelo respeito às regras da comunidade internacional, contra a pretensão de impor, com as armas, a vontade de um outro país, de um outro Estado", acrescentou.

    De acordo com Mattarella, a ajuda ao território invadido pela Rússia desde fevereiro de 2022 é dada também "pela segurança de toda a Europa".

    O novo encontro ocorre após os dois líderes terem se reunido em maio de 2023, em Roma, quando Zelensky viajou para a Itália pela primeira vez desde o início da guerra.

    Após a bilateral com Mattarella, Zelensky destacou que teve "um encontro muito positivo" com o presidente italiano e o convidou para visitar a Ucrânia, tendo em vista que sua última viagem ao seu país foi há 25 anos. "É especialmente apropriado agora que estamos falando sobre a conferência de reconstrução".

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    O presidente ucraniano declarou ainda que, para ele, é muito importante que a paz seja alcançada neste ano, mas é preciso concordar com garantias de segurança para a Ucrânia e para a Europa e que a Rússia não volte a atacar seu país como já fez.

    "Putin já mentiu no passado e lançou uma guerra em larga escala.

    Precisamos que os Estados Unidos pressionem a Rússia por garantias de segurança", afirmou ele à Rainews 24, ressaltando que o sonho de Putin é "aniquilar completamente" a Ucrânia.

    "Ele deve ser parado, caso contrário ele continuará em outros países europeus. Este é seu objetivo: influência total no continente europeu", alertou Zelensky.

    Por fim, disse que o apoio dos EUA é muito importante, mas a Europa deve ter autonomia e pode tomar medidas essenciais sobre os ativos russos congelados que seriam usados para a reconstrução da Ucrânia. .

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