O governo da Itália estuda a criação de um passaporte sanitário para turistas estrangeiros, enquanto algumas regiões do país já se movimentam de forma independente para instituir um certificado para pessoas vacinadas contra o novo coronavírus ou que apresentem teste negativo.
Por meio de um comunicado, o ministro do Desenvolvimento Econômico, Giancarlo Giorgetti, disse nesta quarta-feira (21) que estuda com o ministro do Turismo, Massimo Garavaglia, a criação de um "passe verde italiano que permita a entrada de estrangeiros" no país.
"É um público fundamental para a retomada do setor [de turismo]", acrescentou Giorgetti, do partido de ultradireita Liga. O ministro, no entanto, não deu mais detalhes sobre a iniciativa e também não explicou quais seriam as diferenças para o passaporte sanitário que entrará em vigor na União Europeia em junho.
No caso da UE, o certificado de viagem será dado para quem estiver vacinado contra a Covid-19, apresentar teste negativo ou comprovar que já se curou da doença. O objetivo é implantar o sistema antes do verão europeu, que começa no fim de junho.
Paralelamente, algumas unidades administrativas da Itália já trabalham para criar seus próprios passes, a começar pela província autônoma de Bolzano, no extremo-norte do país.
O governador Arno Kompatscher disse que se trata de um "projeto-piloto que está em linha com os planos do governo" nacional. O passe permitirá o acesso de pessoas vacinadas, curadas ou testadas para a Covid-19 em ambientes fechados de restaurantes, que poderão voltar a funcionar em todo o país a partir de 26 de abril, mas apenas com mesas ao ar livre.
Um projeto semelhante também está em análise na região de Vale de Aosta, que fica na tríplice fronteira com Suíça e França. A Itália é um dos países mais atingidos pela pandemia em todo o mundo, com quase 4 milhões de casos e 118 mil mortes, porém os números diários de contágios e óbitos estão em queda, o que faz as instituições já planejarem as reaberturas.