Itália pode virar centro de distribuição de energia, diz Meloni

Primeira-ministra italiana visitou a Argélia

23 jan 2023 - 13h42
(atualizado às 13h57)

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta segunda-feira (23), em visita à Argélia, que seu país pode virar um centro de distribuição de energia entre a Europa e a África.

Premiê Giorgia Meloni durante visita à Argélia
Premiê Giorgia Meloni durante visita à Argélia
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Uma das bandeiras da premiê é o chamado Plano Mattei, em referência ao fundador da gigante de óleo e gás ENI, Enrico Mattei, e que mira tornar a Itália uma ponte energética entre os dois continentes, beneficiando-se de sua posição no Mediterrâneo.

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"Nós temos esse projeto que colocamos como horizonte para a legislatura, que é o Plano Mattei. Em um momento difícil para a crise energética, a Itália pode se tornar uma porta de acesso, uma espécie de hub de distribuição de energia", disse Meloni em Argel.

Segundo a primeira-ministra , o país pode exercer um "papel relevante na retomada e resiliência do fornecimento energético".

A Argélia é o primeiro destino de uma missão bilateral da premiê fora da Europa e se tornou em 2022 o principal fornecedor de gás natural para a Itália, superando a Rússia.

Meloni chegou em Argel no domingo (22) e se reuniu separadamente com o primeiro-ministro Aimen Benabderrahmane e o presidente Abdelmadjid Tebboune. "Estamos nos concentrando muito no fronte mediterrâneo e, nesta lógica, a Argélia é o parceiro mais estável no norte da África", afirmou a premiê.

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A líder italiana deseja promover investimentos em países africanos para dissuadir imigrantes de atravessar o Mar Mediterrâneo em barcos clandestinos e superlotados para chegar à Europa.

"Reiteramos a vontade de reforçar a colaboração no setor energético e para os investimentos italianos", disse Tebboune.

A Argélia fornecia 21 bilhões de metros cúbicos de gás natural à Itália por ano antes da guerra russo-ucraniana, mas esse número chegou a 25 bilhões em 2022 e deve subir para 28 bilhões em 2024.

O objetivo da Itália é zerar as importações de gás russo entre 2024 e 2025.

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