A Itália convocou o principal diplomata da Venezuela em Roma nesta quarta-feira para protestar contra a falta de informações sobre o destino de um cidadão italiano preso no país latino-americano há dois meses, informou o Ministério das Relações Exteriores da Itália.
O trabalhador de ONG Alberto Trentini, 45 anos, foi preso na Venezuela em novembro, mas nenhuma acusação formal foi feita contra ele, disse sua família, pedindo ao governo de Roma que maximize os esforços para sua libertação.
"Esta manhã, convoquei o encarregado de negócios da Venezuela para protestar veementemente contra a falta de informações sobre a detenção do cidadão italiano Alberto Trentini e para contestar a expulsão de três de nossos diplomatas", escreveu o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, no X.
O jornal La Repubblica informou que Trentini foi detido em 15 de novembro em um bloqueio de estrada, levado para uma prisão em Caracas e não teve contato com sua família. Sua mãe disse ao jornal que ele tem problemas de saúde e não tem remédios com ele.
A Reuters enviou um e-mail para a embaixada venezuelana em Roma pedindo um comentário.
A prisão ocorreu em um contexto de deterioração das relações entre a Itália e a Venezuela, depois que Roma, juntamente com outras nações, não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de julho de 2024.
Na sexta-feira, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, classificou a breve prisão da líder da oposição María Corina Machado, horas antes da posse de Maduro para um terceiro mandato, como um "ato inaceitável de repressão".
No início deste mês, a Itália obteve a libertação da jornalista Cecilia Sala da prisão no Irã.
"Confiamos que a primeiro-ministra Meloni e os ministros trabalharão com o mesmo empenho e dedicação que demonstraram (com Sala) para proteger outro italiano, para trazer Alberto de volta à Itália em breve, ileso", disse a mãe de Trentini ao La Repubblica.