A Itália registrou 127 mortes causadas pelo novo coronavírus nesta quarta-feira (21), maior número para um único dia desde 22 de maio, quando haviam sido contabilizados 130 óbitos.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde, o total de vítimas desde o início da pandemia chegou a 36.832. A média móvel de mortes em sete dias subiu para 78 nesta quarta-feira, crescimento de 225% em relação a duas semanas atrás.
Também é o maior índice desde 5 de junho, quando a média de óbitos em sete dias estava nos mesmos 78. Em apenas quatro dias nesta semana, a Itália já registra 358 mortes, mais do que na semana passada inteira (334).
Casos
O país também contabiliza 15.199 novos casos nesta quarta-feira, maior número para um único dia desde o início da pandemia - o recorde anterior era de 18 de outubro, com 11.705.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Itália totaliza 449.648 pessoas já infectadas pelo Sars-CoV-2. A média móvel de casos em sete dias subiu para a cifra recorde de 10.979 (+303% em relação a duas semanas atrás).
Também é recorde a quantidade de exames processados: 177.848 em 24 horas. Ainda segundo o governo, o país tem 257.374 pacientes curados e 155.442 casos ativos, maior número desde o início da pandemia. Desse total, 926 estão internados em UTIs, maior cifra desde 12 de maio (952), ainda antes do fim do lockdown.
A tendência de alta na curva epidemiológica fez o primeiro-ministro Giuseppe Conte instituir novas medidas restritivas, como a redução dos horários de funcionamento de bares e restaurantes e autorização para prefeitos bloquearem praças e ruas após as 21h.
Outras regiões foram ainda mais longe. A Lombardia, epicentro da pandemia no país, fará toque de recolher noturno a partir de quinta-feira (22) e deve ser seguida pela Campânia, que também fechou escolas até 30 de outubro.