A Itália registrou nesta quarta-feira (1º) o menor número de mortos na pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em quase uma semana: 727, segundo balanço da Defesa Civil, o que elevou o total de óbitos no país para 13.155.
Embora elevada, essa é a cifra diária mais baixa desde 26 de março, quando o país havia registrado 712 falecimentos. Em termos percentuais, esse foi o menor crescimento no número de mortes desde 28 de fevereiro, quando a Defesa Civil passou a divulgar um balanço por dia: 5,8%.
Já o número de contágios chegou a 110.574, o que significa uma expansão de 4,5%, interrompendo uma sequência de cinco quedas seguidas. Apesar disso, esse é o terceiro balanço consecutivo com crescimento inferior a 5% nos novos casos.
Já a quantidade de curados ganhou o acréscimo de 1.118 pessoas, chegando a 16.847. Com isso, o número de casos ativos atingiu 80.572, alta de 3,8%. Desse total, 48.134 estão em isolamento domiciliar; 28.403 pacientes estão internados em quartos normais; e 4.035 seguem em UTIs.
De acordo com o presidente do Instituto Superior da Saúde (ISS), Silvio Brusaferro, a pandemia já atingiu seu "pico" na Itália, mas este se apresentará na forma de um "platô", ou seja, a curva de contágios ainda levará um tempo para começar a cair.
A tendência de desaceleração é verificada há cerca de 15 dias, devido às medidas de confinamento impostas pelo governo. No entanto, como as UTIs italianas seguem saturadas, a diminuição no ritmo de contágio ainda demora a se refletir no número de mortes, que oscila a cada dia.
Também há questionamentos à mensuração feita pela Defesa Civil, já que a maior parte das regiões testa apenas pessoas que vão ao hospital. O próprio chefe do órgão, Angelo Borrelli, já admitiu que o número real de casos pode ser 10 vezes maior que o balanço oficial devido aos assintomáticos ou indivíduos com sintomas leves que não são rastreados.