A Itália vive momentos de apreensão neste fim de ano sobre o destino de dois alpinistas desaparecidos desde 22 de dezembro no maciço do Gran Sasso, na Cordilheira dos Apeninos, centro do país, e das 19 pessoas enviadas para encontrar os esportistas e que acabaram bloqueadas pela neve.
Cristian Gualdi e Luca Perazzini desapareceram enquanto desciam do "Corno Grande", pico mais alto do Gran Sasso, com 2,9 mil metros de altitude.
Uma equipe de 11 técnicos do Corpo Nacional de Socorro Alpino e Espeleológico (CNSAS) foi enviada para resgatar os alpinistas, com o auxílio de trabalhadores de um refúgio de montanha e de uma linha de teleférico em Campo Imperatore, planície situada no sopé da montanha, mas o grupo passou o Natal bloqueado na hospedagem devido ao mau tempo.
"Conseguimos descer para o vale após uma noite no refúgio, longe de nossos entes queridos, mas a situação continua complicada", disse um dos socorristas à ANSA nesta quarta-feira (25). "Deram-nos um telefone de emergência para comunicações, e as buscas serão retomadas assim que as condições climáticas permitirem", acrescentou.
O teleférico que leva até Campo Imperatore, a 2,1 mil metros de altitude, chegou a ser danificado por ventos de até 135 quilômetros por hora, mas o problema foi resolvido e os socorristas agora aguardam a melhora do tempo para retomar as buscas. As temperaturas em Campo Imperatore chegam a 10ºC negativos.
Gualdi e Perazzini são naturais de Santarcangelo di Romagna, na Emilia-Romagna, onde o clima é de preocupação, mas também de esperança de encontrar os alpinistas vivos, segundo o prefeito Filippo Sacchetti.
"Esperamos que as condições meteorológicas permitam avançar com as buscas", acrescentou ele à ANSA. .