Japão pretende usar robôs para impulsionar testes de Covid-19

19 jan 2021 - 11h24

O ministro da Saúde do Japão assistiu a uma demonstração na terça-feira de um protótipo automatizado de testes contra Covid-19 que usa um braço robótico para tirar uma amostra do nariz de uma pessoa e pode entregar os resultados em cerca de 80 minutos.

Ministro da Saúde do Japão, Norihisa Tamura, visita centro de robótica da Kawasaki Heavy Industries, em Tóquio
19/01/2021
REUTERS/Akira Tomoshige
Ministro da Saúde do Japão, Norihisa Tamura, visita centro de robótica da Kawasaki Heavy Industries, em Tóquio 19/01/2021 REUTERS/Akira Tomoshige
Foto: Reuters

O sistema de robô, construído pela Kawasaki Heavy Industries, cabe em um contêiner padrão que pode ser transportado por caminhão e instalado em estádios, parques temáticos e outras concentrações de pessoas, disse a empresa.

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"Observando a tendência global, precisamos aumentar o número de pessoas que recebem testes, e a demanda por testes preventivos está aumentando", disse o ministro da Saúde, Norihisa Tamura, a repórteres na apresentação.

O governo do primeiro-ministro Yoshihide Suga tem recebido críticas pela escassez de testes no Japão. Seu governo está sob pressão para mostrar que tem a pandemia sob controle com menos de 200 dias para o início dos Jogos Olímpicos em Tóquio --já adiados em um ano-- e a vacinação ainda não começou.

O uso de sistemas de teste de robôs pode ajudar a preservar os trabalhadores de saúde e melhorar a precisão geral, disse Tamura, sem se comprometer a usar a configuração da Kawasaki Heavy.

Desde o início da pandemia, o Japão fez menos testes do que outras grandes economias, com foco em grupos de infecção e rastreamento de vírus. O Japão realiza cerca de 55.000 testes PCR diariamente, menos da metade de sua capacidade, de acordo com dados do governo.

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Com 337.000 casos e 4.598 mortes, o Japão tem resistido à pandemia melhor do que a maioria das grandes economias. Mesmo assim, o país é dominado por uma terceira onda de infecções que se mostrou mais disseminada e mortal do que as anteriores e levou o governo a anunciar um novo estado de emergência neste mês.

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