Jornalista é impedida por israelenses de continuar transmissão para TV espanhola

A repórter Almudena Ariza deu detalhes sobre a situação e disse que é comum jornalistas se sentirem ameaçados em Israel

10 abr 2024 - 17h42
(atualizado às 18h01)
Resumo
Uma correspondente da emissora espanhola TVE foi impedida de continuar a transmissão ao vivo em Jerusalém por um grupo de israelenses. A repórter Almudena Ariza deu detalhes sobre a situação e disse que é comum jornalistas se sentirem ameaçados em Israel.
A repórter Almudena Ariza foi impedida de continuar a transmissão que fazia de Jerusálem para a emissora espanhola TVE
A repórter Almudena Ariza foi impedida de continuar a transmissão que fazia de Jerusálem para a emissora espanhola TVE
Foto: Reprodução

Uma correspondente da emissora espanhola TVE foi impedida de continuar a transmissão que fazia ao vivo, nesta quarta-feira, 10, por um grupo de israelenses, em Jerusálem. A repórter Almudena Ariza falava diante da câmera quando um homem ficou em sua frente, atrapalhando sua fala.

"Não estão nos deixando, sinto muito. Teremos que cortar esta...", se justifica a repórter em espanhol para a jornalista que está no estúdio. Em seguida, ela se vira para o homem, em inglês, e pede para que ele a deixe continuar. "Desculpe, eu estou trabalhando agora. Estamos ao vivo."

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Outros homens começam a entrar em frente à câmera, tornando a situação ainda mais caótica.

Depois, a repórter voltou a entrar ao vivo e deu detalhes sobre o ocorrido. Almudena disse que é comum jornalistas se sentirem ameaçados em Israel. "É muito difícil trabalhar. É algo que acontece de vez em quando", afirmou.

Ela ressaltou que os homens que a atrapalharam não eram policiais, mas cidadãos que passavam pela rua. "Nos insultam, nos chamam de mentirosos", disse. "Não nos querem aqui, não querem que falemos sobre Gaza" complementou.

Antes de ser interrompida, Almudena falava sobre as pressões sobre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Na terça, 9, a conduta do político frente à guerra foi criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que a considerou "um erro".

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Fonte: Redação Terra
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