Jornalista é morta durante operação israelense na Cisjordânia

Israel e Palestina trocaram acusações sobre o caso

11 mai 2022 - 11h22
(atualizado às 11h44)

Uma jornalista da emissora árabe Al Jazeera foi morta a tiros durante uma operação de Israel em um campo de refugiados palestinos em Jenin, na Cisjordânia, nesta quarta-feira (11).

    De acordo com a Al Jazeera, a palestino-americana Shireen Abu Akleh, de 51 anos, foi assassinada "a sangue frio" pelas forças israelenses, que dizem investigar a hipótese de a repórter ter sido atingida por "palestinos armados".

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    "O governo israelense é plenamente responsável por esse crime atroz", afirmou a Autoridade Nacional Palestina (ANP), chefiada por Mahmoud Abbas. Além de Abu Akleh, outro jornalista, Ali Samoudi, acabou baleado nas costas, mas não corre risco de morte.

    Segundo ele, o grupo de jornalistas estava nas proximidades de escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), e "todos usavam capacetes e roupas" de imprensa.

    O premiê de Israel, Naftali Bennett, disse que não há "provas sólidas" de que o país tenha culpa na morte da repórter. "Com base nos dados à nossa disposição, existe uma probabilidade, que não pode ser descartada, de que palestinos armados que disparavam de modo selvagem tenham provocado a dolorosa morte da jornalista", reforçou.

    Já o ministro israelense das Relações Exteriores, Yair Lapid, ofereceu à ANP uma "investigação conjunta" sobre a morte de Abu Akleh. "Jornalistas devem ser protegidos em zonas de conflitos, e todos temos a responsabilidade de descobrir a verdade", escreveu no Twitter.

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    Por sua vez, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Lolwah Alkhater, disse que a "ocupação israelense matou a jornalista Shireen Abu Akleh ao atirar no seu rosto enquanto ela usava o colete de imprensa e um capacete".

    "Ela cobria o ataque contra o campo de refugiados de Jenin. Esse terrorismo patrocinado pelo Estado de Israel precisa acabar", acrescentou - a Al Jazeera tem sede em Doha.

    Já a União Europeia e os governos de Alemanha e França cobraram uma investigação rápida para esclarecer as circunstâncias da morte de Abu Akleh, cujo funeral está previsto para a manhã desta quinta (12), em Ramallah, na Cisjordânia. .

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