Jornalista italiana é presa durante viagem de trabalho no Irã

Cecilia Sala foi detida em 19/12, mas Teerã não deu explicações

27 dez 2024 - 10h22
(atualizado às 10h36)

O Ministério das Relações Exteriores da Itália disse nesta sexta-feira (27) que a jornalista italiana Cecilia Sala está presa no Irã desde o último dia 19 de dezembro.

    A profissional, que está no país persa a trabalho, foi levada pela polícia em Teerã, porém os motivos para a detenção ainda não foram esclarecidos.

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    O governo italiano está em contato com as autoridades do Irã para esclarecer a situação legal de Sala e verificar suas condições na cadeia. A embaixadora da Itália no país, Paola Amadei, visitou a jornalista na prisão nesta sexta-feira.

    "Sob ordens do ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, a embaixada e o consulado da Itália em Teerã estão acompanhando o caso da jornalista Cecilia Sala com a máxima atenção desde o início", diz um comunicado da chancelaria italiana, acrescentando que a família da repórter "foi informada sobre os detalhes da visita" de Amadei.

    Em nota, a plataforma de podcasts Chora Media, para onde a jornalista trabalha, afirmou que Sala foi levada para uma cela isolada na prisão de Evin, "onde ficam detidos os dissidentes políticos" do regime iraniano.

    O veículo também acrescentou que a notícia só foi divulgada nesta sexta, mais de uma semana após sua detenção, "a pedido das autoridades italianas e dos pais de Cecilia, que esperavam que a jornalista fosse liberada o quanto antes, o que não aconteceu".

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    O Chora Media também informou que Sala partiu de Roma rumo a Teerã em 12 de dezembro, com um visto de imprensa. Na capital iraniana, ela realizou uma série de entrevistas que rendeu três episódios do podcast "Stories". A jornalista deveria voltar para a Itália em 20 de dezembro, mas, na manhã do dia anterior, parou de se comunicar com os colegas de trabalho.

    "A Itália trabalha incessantemente para libertá-la, percorrendo todos os caminhos", disse o ministro da Defesa, Guido Crosetto, enquanto a líder da oposição, Elly Schlein, pediu que o governo "faça tudo o que for útil para esclarecer este caso e trazer Cecilia Sala de volta o quanto antes".

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