Jovem que sobreviveu ao ataque do Hamas em rave é encontrada morta no dia de seu aniversário

Shirel Golan travou luta de um ano contra a depressão e o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) após vivenciar ataque em rave

22 out 2024 - 11h46
(atualizado às 11h51)
Shirel Golan sobreviveu ao ataque do Hamas, em Tel Aviv, Israel
Shirel Golan sobreviveu ao ataque do Hamas, em Tel Aviv, Israel
Foto: Reprodução/Instagram

Shirel Golan sobreviveu ao ataque do Hamas durante a rave Universo Paralelo - Nova Stage, que ocorreu em Tel Aviv, em Israel, no dia 7 de outubro de 2023. No entanto, quase um ano depois, ela foi encontrada morta em sua casa, no último domingo, 20, quando completava 22 anos. As informações são da CNN.

Apesar de ter escapado da morte ao se esconder por horas entre moitas do lado do namorado, próximo à fronteira de Gaza, ela não conseguiu superar a luta de um ano contra a depressão e o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) após presenciar o ataque e a morte de centenas de pessoas que estavam no local. Shirel tirou a própria vida. 

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No domingo, a família havia se reunido para celebrar o seu aniversário. Eles não a deixavam sozinha, mas ela saiu sem que ninguém percebesse. Ela foi encontrada sem vida pouco depois, em sua casa, localizada em uma comunidade de Porat, perto de Netanya. 

Shirel Golan foi encontrada morta no dia de seu aniversário
Foto: Reprodução/Instagram

Antes do ataque, Shirel era uma mulher feliz que não hesitava em dirigir por uma hora para visitar sua família quando eles precisavam de ajuda. No entanto, após viver aquele momento tão traumático, tornou-se quieta, desaparecendo lentamente do convívio familiar. “Ela não saía de casa. Não veio nos visitar, ela estava retraída”, afirmou o irmão da jovem, Eyal Golan.

De acordo com o The Times Of Israel, ela foi hospitalizada duas vezes em decorrência do trauma, mas nunca foi reconhecida com alguém que teve TEPT. Eyal afirmou ao jornal que quando percebeu que a irmã estava mal, pediu que ela procurasse ajuda. No entanto, a jovem disse que havia recebido nenhuma ajuda do estado e que qualquer assistência que recebeu veio da associação comunitária de base Tribe of Nova [Tribo do Nova, em tradução livre], fundada por sobreviventes e parentes das vítimas do ataque.

A família tentou ajudar como pôde. “Minha mãe foi forçada a se aposentar mais cedo para ficar perto da filha. Não nos afastamos um milímetro dela, e a única vez que a deixamos sozinha foi hoje, e ela decidiu tirar a própria vida”, Ele alega que o estado precisa “acordar”, ou poderia haver mais tentativas de suicídio.

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“Perdi minha irmã, mas quero fazer um grande clamor para que outros não percam seus entes queridos”, reforçou. “Eles tinham a lista de todos os visitantes de Nova, e sabiam [quem] estava morto, e [quem] sobreviveu. Se alguém sobreviveu, vamos ajudá-lo”, desabafou à CNN

Fonte: Redação Terra
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