Um juiz dos Estados Unidos bloqueou temporariamente autoridades de uma prisão federal de transferirem uma mulher transgênero para uma instalação para homens e impedirem o acesso dela a auxílio de afirmação de gênero, como pedia um decreto emitido pelo presidente do país, Donald Trump, informaram advogados nesta quinta-feira. Uma decisão liminar foi emitida no domingo pelo juiz distrital George O'Toole, de Boston, quando o caso da detenta estava sob sigilo. Trata-se da primeira decisão que contesta o decreto de Trump editado no primeiro dia de sua volta ao cargo, em 20 de janeiro, atacando o que ele chamou de "extremismo de ideologia de gênero". O decreto determinou que o governo federal reconhecesse apenas dois sexos biologicamente distintos: masculino e feminino. Além disso, mulheres trans ficariam em prisões masculinas. O financiamento de qualquer assistência de afirmação de gênero para detentos também foi encerrado. O juiz, nomeado pelo presidente democrata Bill Clinton, levantou o sigilo do processo nesta quinta-feira, durante audiência sobre se ele deveria conceder à detenta, conhecida pelo pseudônimo de Maria Moe, mais auxílios. O Departamento de Justiça dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido para que comentasse o assunto.
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