O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul suspendeu a sessão de abertura do julgamento de impeachment do presidente afastado Yoon Suk Yeol em poucos minutos nesta terça-feira, depois que ele não compareceu ao tribunal.
Um advogado que assessora Yoon havia dito que o presidente, que há semanas está escondido em sua residência oficial em Seul, não compareceria, afirmando que uma tentativa das autoridades de prendê-lo impedia Yoon de expressar sua posição no julgamento.
A próxima sessão do julgamento está marcada para quinta-feira e, se Yoon também não comparecer, o processo seguirá com sua equipe jurídica representando-o, disse o presidente interino do tribunal, Moon Hyung-bae.
Do lado de fora do tribunal, um dos advogados de Yoon, Yoon Kab-keun, disse que o presidente decidiria se compareceria pessoalmente ao tribunal na quinta-feira, após discussões sobre sua estratégia de defesa.
O Tribunal Constitucional deve decidir, em 180 dias, se removerá Yoon do cargo em definitivo ou se restaurará seus poderes presidenciais.
Yoon também enfrenta uma investigação criminal por suposta insurreição, com as autoridades buscando executar um mandado de prisão depois que ele ignorou as convocações para comparecer para interrogatório.
"Um mandado legítimo deve existir e... deve ser apresentado e executado legalmente", o que não significa "pular cercas ou danificar propriedades sem apresentar um mandado", disse o advogado de Yoon, repetindo sua avaliação de que o mandado de prisão atual é inválido.
A declaração de lei marcial de Yoon em 3 de dezembro, que foi retirada após cerca de seis horas, mergulhou uma das democracias mais vibrantes da Ásia em um período de turbulência política sem precedentes.
O chefe de gabinete de Yoon disse nesta terça-feira que o gabinete de Yoon pode consultar as autoridades de investigação para evitar um confronto durante a execução do mandado de prisão contra ele.
Yoon poderia ir para um outro local fora do complexo fortificado onde fica a residência oficial, ou uma visita à sua casa poderia ser organizada para que as autoridades de investigação pudessem interrogá-lo, disse o chefe de gabinete presidencial Chung Jin-suk em um comunicado nesta terça-feira.
As autoridades de investigação, incluindo o Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão (CIO) e a polícia, receberam um mandado de prisão reemitido por um tribunal sul-coreano depois que a primeira tentativa de deter Yoon para interrogatório falhou após um impasse com os agentes da segurança presidencial no início deste mês.