Justiça argentina liberta ex-membro das Brigadas Vermelhas

Italiano Leonardo Bertulazzi estava preso desde o fim de agosto

28 nov 2024 - 11h39
(atualizado às 13h37)

A Justiça da Argentina determinou nesta quinta-feira (28) a libertação de Leonardo Bertulazzi, ex-integrante do grupo terrorista de extrema esquerda Brigadas Vermelhas.

    A decisão foi tomada pela Câmara Federal de Cassação e alega que a revogação do status de refugiado decretada pelo governo do presidente Javier Milei ainda não estava valendo no momento da prisão, em 29 de agosto.

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    Além disso, o tribunal apontou elementos de "arbitrariedade" e considerações "dogmáticas" nas sentenças de primeiro e segundo graus que haviam rejeitado a soltura de Bertulazzi.

    A Câmara de Cassação também considerou que, no momento da prisão, o italiano "vivia com a mulher havia mais de 20 anos no mesmo domicílio do qual é proprietário". Ele era considerado refugiado na Argentina desde 2004, até ter a condição revogada por Milei.

    Um ano antes, Bertulazzi chegou a ser preso em Buenos Aires, mas acabou solto porque a Argentina não reconhece processos em contumácia - ele foi condenado na Itália a 27 anos de prisão pelo sequestro do engenheiro naval Pietro Costa, em 12 de janeiro de 1977.

    O crime teve como objetivo obter dinheiro para financiar ações subversivas das Brigadas Vermelhas, como a compra do apartamento onde o ex-premiê Aldo Moro, raptado e morto pelo grupo, seria mantido em cativeiro em 1978. .

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