Os juízes da Primeira Seção do Tribunal de Cassação da Itália confirmaram nesta quinta-feira (23) a condenação da norte-americana Amanda Knox, símbolo de um dos casos judiciais mais midiáticos da Itália nas últimas décadas, por calúnia.
Knox acusou injustamente de assassinato um homem inocente, Patrick Lumumba, congolês ex-proprietário do bar onde ela trabalhava meio período, na época da morte de sua colega de quarto, a britânica Meredith Kercher, em 2007, em Perugia.
Apesar da condenação, Knox não cumprirá mais pena de prisão, tendo em vista que a pena de três anos conta como tempo já cumprido.
"É uma sentença totalmente inesperada para nós e injusta para Amanda, estamos incrédulos. Leremos as razões", afirmou o advogado de defesa de Knox, Luca Luparia Donati, após o veredicto.
O homem injustamente acusado de matar Kercher, que chegou a ficar preso por duas semanas em 2007, alega que Knox nunca se desculpou e garante que ela cometeu um erro. "Estou muito satisfeito porque Amanda cometeu um erro e esta sentença deve acompanhá-la para o resto da vida. Senti isso e saúdo a justiça italiana com muita honra", celebrou Lumumba.
Na época do crime que chocou a Itália, a americana chegou a ser presa e condenada pelo assassinato de Kercher, crime ocorrido em 1º de novembro de 2007, mas acabou absolvida pela Suprema Corte do país em 2015.
O italiano Raffaele Sollecito, namorado de Knox na época do homicídio, também foi sentenciado e posteriormente absolvido pelo crime. Até hoje, o único condenado em definitivo é o marfinense Rudy Guede, que pegou 16 anos de prisão e já cumpriu sua pena.
Inicialmente, Knox identificou Lumumba, nascido no Congo, pelo assassinato da estudante britânica de intercâmbio de 21 anos, apesar dele não ter ligação com o crime. .