A Juventus e o Milan estão sendo pressionados a mudar a sede da próxima edição da Supercopa Italiana, que será disputada em janeiro de 2019, na Arábia Saudita, por causa do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
Diversas ONGs de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional, divulgaram nesta sexta-feira (26) um apelo pedindo para os dois clubes disputarem a partida em outro lugar e acusando Riad de tentar "refazer sua imagem" por meio do esporte.
As entidades também pedem que os tenistas Novak Djokovic e Rafael Nadal cancelem exibições previstas para a Arábia Saudita. O ex-ministro do Esporte da Itália Luca Lotti se juntou ao apelo e cobrou que a decisão de jogar a Supercopa no país árabe seja "bloqueada".
"A terrificante notícia da morte horrenda do jornalista Khashoggi nos deixa atônitos. A comunidade civil internacional deve fazer sua voz ser ouvida em todos os níveis, e acredito que o esporte italiano não deva ficar atrás", disse.
A Supercopa reúne os atuais campeões da Série A e da Copa da Itália. Como a Juventus ganhou os dois torneios na temporada passada, o outro finalista será o Milan, vice na Copa da Itália. O torneio é organizado pela Federação italiana de Futebol (Figc).
Khashoggi, dissidente do regime saudita, foi assassinado no último dia 2 de outubro, após visitar o consulado de seu país em Istambul, na Turquia, para retirar documentos de divórcio.