A Ucrânia denunciou mais um ataque em larga escala feito pela Rússia na madrugada desta quinta-feira (16), com objetivos em cidades do norte e do oeste do país, informa em nota a Aeronáutica.
Segundo o órgão, esse é a 15ª ação do tipo desde o início da guerra, há quase um ano, e o ataque voltou a focar em "infraestrutura crítica", como plantas de energia e água. Dos 34 mísseis lançados, 16 foram abatidos pelas forças armadas e destruídos ainda no ar.
Oito dos mísseis de cruzeiro Kalibr foram lançados de uma fragata no Mar Negro, 12 mísseis de cruzeiro X-101/X-555 foram disparados de dois bombardeiros estratégicos TU-95 do Mar Cáspio, 12 mísseis de cruzeiro X-22 foram lançados por seis bombardeiros de longo alcance TU-22 e dois mísseis guiados X-59 foram enviados de dois jatos táticos SU-35 da área ocupada de Melitopol, na região de Zaporizhzhia.
O chefe do Gabinete presidencial, Andriy Yermak, também confirmou o ataque russo e disse que as regiões mais afetadas foram Dnipropetrovsk e Kirovohrad. Além disso, informou que drones voltaram a ser usados por Moscou, mas que a maior parte deles foi abatida.
Já o jornal "Kyiv Independent" divulgou que um outro ataque russo, realizado nesta quarta-feira (15) na cidade Pokrovsk, na região de Donetsk, deixou três mortos e 11 feridos. Ao todo, quadro prédios residenciais e uma escola foram danificados pelos disparos.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, classificou de "inaceitável" os novos ataques russos contra a Ucrânia.
"Atacar os civis significa querer atingir um povo mais do que seu governo. Esse é o motivo pelo qual continuaremos a apoiar a Ucrânia e acreditamos que se deva atingir a paz sem isso significar a destruição da Ucrânia", afirmou o político italiano.
Israel
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, chegou nesta quinta-feira a Kiev, onde terá uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Essa é a primeira vez que um expoente do governo israelense vai ao país europeu desde o início da guerra.
Além de reuniões formais na capital, Cohen também irá para cidades muito afetadas pela guerra, como Bucha e Babi Yar. .