Lavrov insiste nas "linhas vermelhas" russas, mas deixa porta aberta a Trump

6 dez 2024 - 10h42

A Rússia está aberta a conversações com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, mas usará "qualquer meio" para impedir que Washington e seus aliados a derrotem na Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, ao jornalista norte-americano Tucker Carlson.

Chanceler russo Sergei Lavrov em entrevista a Tucker Carlson em Moscou
 6/12/2024   Divulgação via REUTERS
Chanceler russo Sergei Lavrov em entrevista a Tucker Carlson em Moscou 6/12/2024 Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Em uma entrevista de 80 minutos divulgada na noite de quinta-feira, Lavrov pediu ao Ocidente que leve a sério as "linhas vermelhas" da Rússia, mas falou positivamente de Trump, que retorna à Casa Branca no próximo mês.

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Em resposta à pergunta inicial de Carlson, Lavrov disse que não acredita que a Rússia e os Estados Unidos estejam em guerra no momento por causa do apoio de Washington a Kiev, incluindo o fornecimento de mísseis norte-americanos que a Ucrânia disparou contra a Rússia.

"E, de qualquer forma, isso (guerra) não é o que queremos. Gostaríamos de ter relações normais com todos os nossos vizinhos, é claro... especialmente com um grande país como os Estados Unidos", disse Lavrov, acrescentando que não via razão para que os dois países não pudessem "cooperar pelo bem do universo".

Lavrov declarou que Trump é "uma pessoa muito forte, uma pessoa que quer resultados".

Mas Lavrov também disse que o disparo pela Rússia de um novo míssil hipersônico de alcance intermediário chamado Oreshnik contra uma cidade ucraniana no mês passado foi um sinal que o Ocidente deve levar a sério.

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"A mensagem é que vocês, ou seja, os Estados Unidos e os aliados dos Estados Unidos, que também fornecem essas armas de longo alcance ao regime de Kiev - eles têm que entender que estaremos prontos para usar qualquer meio para não permitir que eles tenham sucesso no que eles chamam de derrota estratégica da Rússia", afirmou Lavrov.

"Estaremos prontos para fazer qualquer coisa para defender nossos interesses legítimos."

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