Le Pen faz nova ameaça de retirar apoio ao governo da França

25 nov 2024 - 10h17
(atualizado às 10h18)

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, ameaçou novamente nesta segunda-feira derrubar o governo de coalizão da França com um voto de desconfiança, depois que as negociações com o primeiro-ministro, Michel Barnier, não conseguiram satisfazer as exigências de seu partido para concessões orçamentárias.

Le Pen disse que nada havia mudado após as discussões e que não estava otimista quanto à possibilidade de se chegar a um acordo sobre o projeto de lei orçamentária para 2025

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"Nada parece menos certo", disse ela aos repórteres.

Refletindo o risco cada vez maior de que o governo de Barnier possa cair, o prêmio que os investidores exigem para manter os títulos franceses chegou a níveis nunca vistos em mais de 12 anos.

O Senado francês começou a debater o projeto de lei nesta segunda-feira, após sua rejeição pelos parlamentares da Assembleia Nacional, depois que deputados de esquerda o revisaram fortemente na câmara baixa, acrescentando dezenas de bilhões de euros em aumentos de impostos.

Os partidos de oposição estão ameaçando derrubar o governo de Barnier por conta do orçamento, e sua frágil coalizão conta com o apoio tácito do partido Reunião Nacional, de Le Pen, para sua sobrevivência.

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O governo está tentando economizar 60 bilhões de euros por meio de aumentos de impostos e cortes de gastos para reduzir o déficit para 5% da produção econômica no próximo ano, em comparação com os mais de 6% deste ano.

O Reunião Nacional disse que apoiará os esforços para destituir o governo se suas exigências não forem atendidas. Le Pen disse na semana passada que seu partido se opõe ao aumento da carga tributária sobre famílias, empresários ou aposentados e que, até o momento, essas exigências não foram refletidas no projeto de lei orçamentária.

Barnier já está lutando para manter o orçamento de 2025 dentro das metas de déficit do governo, depois de fazer concessões previdenciárias aos parlamentares conservadores e conceder a alguns ministérios orçamentos um pouco maiores, depois de reclamações.

O ministro do Orçamento, Laurent Saint-Martin, reconheceu nesta segunda-feira que o déficit orçamentário pode ser um pouco maior do que os 5% da produção originalmente previstos.

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Barnier se reunirá com outros líderes políticos nesta segunda-feira para buscar um acordo sobre o projeto de lei orçamentária. O Senado votará o orçamento geral em 12 de dezembro.

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