A Libéria planeja reabrir as escolas em fevereiro, seis meses após o governo ordenar o fechamento das instituições de ensino por causa do surto de Ebola, que já matou mais de 3.400 pessoas no país da África Ocidental, disse uma autoridade nesta segunda-feira.
O número de novos casos de Ebola diminuiu nas últimas semanas na Libéria, onde o governo e as organizações internacionais, com o apoio dos Estados Unidos, intensificaram os esforços para impedir a propagação da doença.
A presidente do país, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou no fim de semana que as escolas serão reabertas em 2 de fevereiro, mas não especificou se a medida se aplica a todo o sistema educacional.
George Wuo, diretor do Ministério da Educação, disse que as autoridades estavam avaliando a reabertura de cerca de 500 escolas de todo o país.
"Estamos negociando com os nossos parceiros a distribuição de termômetros sem contato e baldes para lavar as mãos para todas as escolas da República da Libéria", disse Wuo.
O ano letivo estava previsto para começar em setembro, mas o governo decidiu em agosto manter os alunos em casa a fim de impedir a disseminação da doença.
A Libéria, assim como seus vizinhos Serra Leoa e Guiné, impôs medidas rigorosas, como o fechamento de mercados, quarentena de áreas infectadas e limitação de viagens, para conter a propagação do Ebola enquanto a busca por uma vacina continua.
(Por James Harding Giahyue, com reportagem adicional de Stephanie Nebehay, em Genebra)