O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disse ao ministro da Defesa da Rússia que o uso de armas de longo alcance pela Ucrânia é resultado da intervenção militar direta dos Estados Unidos, e que Moscou pode agir em legítima defesa, informou no sábado (horário local) a imprensa estatal.
Kim se encontrou na sexta-feira com o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, e disse que "os EUA e o Ocidente fizeram as autoridades de Kiev atacarem o território russo com suas próprias armas de longo alcance", e que a Rússia deveria agir para "fazer as "forças hostis pagarem o preço", afirmou a agência de notícias KCNA.
Kim prometeu expandir os laços com a Rússia em todas as áreas, incluindo a militar, sob a ampla parceria estratégica que assinou com o presidente russo, Vladimir Putin, em junho que inclui um acordo de defesa mútua, informou a KCNA.
A agência não mencionou se Kim e Belousov debateram sobre o envio de tropas norte-coreanas para ajudar a Rússia.
A agência de espionagem da Coreia do Sul disse que a Coreia do Norte enviou mais de 10 mil soldados para a Rússia e que eles foram transferidos para as linhas de frente, incluindo a região de Kursk, onde as forças russas tentam expulsar as forças ucranianas.
A Ucrânia disparou mísseis ATACMS dos Estados Unidos no território russo após receber aval da administração do presidente dos EUA, Joe Biden.
A Rússia, por sua vez, desencadeou ataques contra as infra-estruturas militares e energéticas da Ucrânia como resposta ao uso de mísseis de médio alcance dos EUA.
Belousov manteve conversas separadas com o ministro da Defesa da Coreia do Norte, No Kwang Chol, e disse que o pacto de parceria assinado por Kim e Putin contribuirá para manter o equilíbrio de poder no Nordeste Asiático.
Kim participou pessoalmente de uma recepção organizada pelo Ministério da Defesa para a delegação de Belousov, disse a KCNA.