Líder da Coreia do Norte diz que Rússia tem direito de se defender contra a Ucrânia

29 nov 2024 - 20h55

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disse ao ministro da Defesa da Rússia que o uso de armas de longo alcance pela Ucrânia é resultado da intervenção militar direta dos Estados Unidos, e que Moscou pode agir em legítima defesa, informou no sábado (horário local) a imprensa estatal.

Kim se encontrou na sexta-feira com o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, e disse que "os EUA e o Ocidente fizeram as autoridades de Kiev atacarem o território russo com suas próprias armas de longo alcance", e que a Rússia deveria agir para "fazer as "forças hostis pagarem o preço", afirmou a agência de notícias KCNA.

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Kim prometeu expandir os laços com a Rússia em todas as áreas, incluindo a militar, sob a ampla parceria estratégica que assinou com o presidente russo, Vladimir Putin, em junho que inclui um acordo de defesa mútua, informou a KCNA.

A agência não mencionou se Kim e Belousov debateram sobre o envio de tropas norte-coreanas para ajudar a Rússia.

A agência de espionagem da Coreia do Sul disse que a Coreia do Norte enviou mais de 10 mil soldados para a Rússia e que eles foram transferidos para as linhas de frente, incluindo a região de Kursk, onde as forças russas tentam expulsar as forças ucranianas. 

A Ucrânia disparou mísseis ATACMS dos Estados Unidos no território russo após receber aval da administração do presidente dos EUA, Joe Biden.

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A Rússia, por sua vez, desencadeou ataques contra as infra-estruturas militares e energéticas da Ucrânia como resposta ao uso de mísseis de médio alcance dos EUA. 

Belousov manteve conversas separadas com o ministro da Defesa da Coreia do Norte, No Kwang Chol, e disse que o pacto de parceria assinado por Kim e Putin contribuirá para manter o equilíbrio de poder no Nordeste Asiático.

Kim participou pessoalmente de uma recepção organizada pelo Ministério da Defesa para a delegação de Belousov, disse a KCNA.

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