Líder de Hong Kong se desculpa após mesquita ser atingida por canhão de água da polícia

21 out 2019 - 11h00

A líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, pediu desculpas à comunidade muçulmana, nesta segunda-feira, depois que a polícia atingiu uma grande mesquita com um canhão de água durante operações realizadas na noite de domingo para conter protestos pró-democracia no pólo financeiro asiático.

Escadas da mesquita de Kowloon, o local de culto islâmico mais importante de Hong Kong, sujas de tinta azul lançada por canhão de água da polícia
20/10/2019
Jeremy Tam/Civic Party via REUTERS
Escadas da mesquita de Kowloon, o local de culto islâmico mais importante de Hong Kong, sujas de tinta azul lançada por canhão de água da polícia 20/10/2019 Jeremy Tam/Civic Party via REUTERS
Foto: Reuters

Carrie visitou a mesquita do distrito de Kowloon com a cabeça coberta por um véu para expressar aos líderes islâmicos sua tristeza com o incidente, ainda em meio ao trabalho de limpeza no local.

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Ela deve viajar ao Japão para acompanhar a cerimônia de entronização do imperador Naruhito, e um comunicado do governo divulgado mais tarde informou que Carrie agradeceu os líderes islâmicos por pedirem calma reiteradamente em meio ao tumulto político que domina a cidade há cinco meses.

Durante as batalhas recorrentes ocorridas em Kowloon no domingo, a polícia usou gás lacrimogêneo e caminhões com canhões de água para dispersar manifestantes munidos de coquetéis molotov, lançando jatos de tinta azul na multidão.

Em certo momento, um canhão encharcou o portão frontal e uma escadaria diante da mesquita de Kowloon, o local de culto islâmico mais importante de Hong Kong, onde algumas pessoas haviam se reunido, inclusive jornalistas.

Manchas azuis permaneciam no piso diante do edifício enquanto fiéis se reuniam para as preces nesta segunda-feira.

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Manifestantes haviam dito que não visariam a mesquita na marcha de domingo depois que um líder pró-democracia destacado foi atacado na semana passada por homens mascarados que a polícia disse "não serem chineses".

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