Líderes de golpe de estado no Mali prometem novas eleições

Pleito será organizado "dentro de um prazo razoável" de acordo com os soldados responsáveis pelo motum

19 ago 2020 - 16h37
(atualizado às 16h43)

Soldados que depuseram o presidente do Mali com um golpe de Estado prometeram, nesta quarta-feira, organizar eleições dentro de um prazo "razoável" e logo buscaram conversas com um dos mediadores de forças mais influentes da nação da África Ocidental.

Soldados do Mali são vistos em praça de Bamako após golpe militar
18/08/2020
REUTERS/Moussa Kalapo
Soldados do Mali são vistos em praça de Bamako após golpe militar 18/08/2020 REUTERS/Moussa Kalapo
Foto: Reuters

O presidente Ibrahim Boubacar Keita renunciou e dissolveu o Parlamento na terça-feira depois que os amotinados o detiveram a mão armada, o que desestabilizou ainda mais um país vítima de uma insurgência jihadista e assolado por tumultos civis.

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Temendo que a queda de Keita após sete anos no poder pudesse desestruturar a região do Sahel, a União Africana e a Comunidade Econômica do Estados da África Ocidental (Ecowas) suspenderam o Mali.

Investidores estavam descartando ações de mineradoras de ouro radicadas em solo malaio. Os amotinados ainda não haviam identificado seu líder, mas o clima na capital Bamako parecia calmo.

Líderes da junta se reuniriam na tarde local desta quarta-feira com Mahmoud Dicko, pastor salafista que entusiasmou manifestantes durante protestos contra Keita realizados nas últimas semanas que atraíram dezenas de milhares de pessoas, disse o porta-voz de Dicko.

Dicko é uma figura política influente, cujo apoio foi visto como crucial para a vitória de Keita na eleição de 2013, mas desde então rompeu com o presidente.

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Um porta-voz dos amotinados, que se chamam de Comitê Nacional para a Salvação do Povo, disse mais cedo que estes agiram para evitar mais "caos, anarquia e insegurança".

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