Líderes mundiais reagem à queda de Assad na Síria

A reação internacional à queda do presidente Bashar al-Assad foi imediata e repleta de declarações cautelosas

8 dez 2024 - 21h27
(atualizado às 23h20)
Bandeira da Síria
Bandeira da Síria
Foto: depositphotos.com / ifeelstock / Perfil Brasil

Em um acontecimento de grande magnitude para a política do Oriente Médio, os rebeldes sírios destituíram o presidente Bashar al-Assad após tomarem controle de Damasco. O evento, ocorrido no domingo, dia 8, encerra mais de 13 anos de uma intensa guerra civil e uma era longa de governo pela família Assad. Este desenvolvimento notável tem provocado reações variadas de líderes globais, cada qual exprimindo sua perspectiva sobre o futuro da Síria e suas implicações regionais.

Enquanto a comunidade internacional processa este marco histórico, a atenção está voltada para os próximos movimentos políticos e as transformações potenciais que poderão moldar o futuro da Síria. Embora a saída de Assad represente um importante ponto de inflexão, as consequências a longo prazo para o país e a região ainda são incertas.

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Como os líderes mundiais reagiram à queda de Assad?

A reação internacional à queda do presidente Bashar al-Assad foi imediata e repleta de declarações cautelosas e esperanças de um futuro estável para a Síria. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por exemplo, está atento aos desdobramentos e mantém contato constante com seus parceiros regionais. Donald Trump, por sua vez, destacou a mudança nas relações de Assad com seus antigos aliados, como a Rússia e o Irã, os quais, segundo ele, estão enfraquecidos por desafios internos e externos.

"Assad se foi. Ele fugiu de seu país. Seu protetor, Rússia, Rússia, Rússia, liderado por Vladimir Putin, não estava mais interessado em protegê-lo. A Rússia e o Irã estão em um estado enfraquecido agora, um por causa da Ucrânia e uma economia ruim, o outro por causa de Israel e seu sucesso na luta", postou Trump no Truth Social.

Na Rússia, o Ministério das Relações Exteriores confirmou a saída de Assad e ressaltou que suas bases militares na Síria permanecem em alerta máximo. A Turquia, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, expressou a importância da integridade territorial da Síria e destacou a necessidade de uma administração inclusiva e vigilante para evitar o aproveitamento por organizações terroristas.

Desafios para o futuro da Síria

A saída de Assad coloca a Síria diante de uma série de desafios complexos. Uma das questões primordiais é assegurar uma transição de poder pacífica e a formação de um governo inclusivo que possa representar a diversidade étnica e religiosa do país. As palavras do enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, resumem essa necessidade, destacando a prioridade do diálogo e da unidade entre os sírios.

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Além de uma governança inclusiva, a Síria enfrenta os riscos de uma possível escalada nos conflitos internos. A instabilidade pode abrir caminho para grupos radicais, colocando em risco a segurança não apenas da Síria, mas de toda a região. A Alemanha se posicionou enfatizando a importância de prevenir que o país caia nas mãos de radicais e proteger as minorias.

O futuro da Síria agora depende de múltiplos fatores, incluindo a capacidade dos líderes locais em estabelecer uma paz duradoura e reconstruir uma sociedade despedaçada por anos de guerra. A coalizão internacional desempenha um papel essencial nesse processo, onde o foco está na prevenção do ressurgimento do Estado Islâmico e outras ameaças insurgentes.

As iniciativas de auxílio humanitário são também cruciais. Segundo Tom Fletcher, chefe de ajuda da ONU, milhões ainda estão em situação de risco e deslocamento, demandando assistência contínua. O Reino Unido sublinha a necessidade de uma solução política que promova o interesse do povo sírio e aguardam que a nova era pós-Assad traga esperança de democracia e estabilidade.

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