O manifesto político de Adolf Hitler, o livro Mein Kampf ("Minha Luta", em português), será reeditado em janeiro com anotações de acadêmicos pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
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O Instituto de História Contemporânea (IfZ, na sigla em alemão), em Munique, afirmou que vai imprimir 4 mil cópias com 3,5 mil anotações.
O diretor do IfZ, Andreas Wirsching, disse que o texto com comentários de especialistas "acabará com o mito" que cerca o livro.
A medida gerou polêmica e foi criticada por grupos judeus que afirmam que obras nazistas nunca mais deveriam ser republicadas.
Mein Kampf foi originalmente impresso em 1925, oito anos antes de Hitler chegar ao poder.
Depois que a Alemanha nazista foi derrotada em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, as forças aliadas entregaram os direitos da obra para o Estado da Baviera.
O Estado, entretanto, não permitiu que o livro fosse reeditado para evitar qualquer tipo de incitação ao ódio.
Na Alemanha, as leis de direitos autorais duram por 70 anos. Isso significa que o texto passa a ser de domínio público a partir de janeiro de 2016.
No entanto, autoridades disseram que o acesso do público ao texto será limitado para evitar que a obra desencadeie sentimentos neonazistas.