O presidente da Argentina, Mauricio Macri, prometeu nesta sexta-feira (24) uma "investigação séria e profunda" sobre o desaparecimento do submarino militar ARA San Juan, que perdeu contato com a Marinha há quase 10 dias, com 44 tripulantes a bordo.
No entanto, o mandatário afirmou que o incidente não pode servir de motivação para se buscar bodes expiatórios. "Não temos que nos aventurar a buscar culpados. Isso necessitará de uma investigação séria, profunda, que confirme por que aconteceu o que estamos presenciando", disse.
Segundo Macri, esse é um "momento difícil para todos, especialmente para os familiares (das vítimas)". "Meu primeiro pedido a todos é que passemos este momento com o máximo de respeito. Contamos com todos os avanços tecnológicos possíveis: isso nos levará, seguramente, ao submarino nos próximos dias", acrescentou.
O ARA San Juan desapareceu no último dia 15 de novembro, enquanto navegava no litoral da província de Chubut, na Patagônia argentina. Pouco antes, foi registrada uma explosão ainda não explicada no submarino.
O pai de um dos tripulantes, Luis Tagliapietra, contou à imprensa local que, após a divulgação da notícia da explosão, ele recebeu os "pêsames" do chefe de seu filho. "Estamos destruídos. Quando me chamaram da Base Naval de Mar del Plata para me dizer que os dados do ruído estavam confirmados, que o submarino havia sofrido uma explosão e que, por consequência, estavam todos mortos, foi terrível", afirmou Tagliapietra, pai de Alejandro Damián.
As buscas pelo ARA San Juan envolvem meios de mais de 10 países, incluindo Brasil, Estados Unidos e Reino Unido.