Presa em 2003 pela morte de seus quatro filhos, a australiana Kathleen Folbigg foi inocentada depois de uma revisão judicial do caso. Hoje com 55 anos, Kathleen sempre manteve a versão de que era inocente e que seus filhos tinham morrido por causas naturais.
Os rumos do processo mudaram em 2018, quando foi descoberto que duas das crianças, Sarah e Laura, carregavam consigo uma rara mutação genética, chamada CALM2 G114R. Essa mutação pode causar morte súbita por parada cardíaca.
As crianças, identificadas como Sarah, Laura, Patrick e Caleb, morreram todas ainda bebês, quando tinham entre 19 dias e 19 meses de vida.
O primeiro, Caleb, nasceu em 1989, mas morreu 19 dias depois. O júri considerou inicialmente que se tratava de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O segundo bebê, Patrick, morreu aos 8 meses de idade, em 1991. Dois anos depois, em 1993, Sarah morreu com 10 meses. Já Laura morreu aos 19 meses, em 1999.
Segundo o portal Sky News, os promotores do caso e o ex-marido de Kathleen, que não acreditava em sua inocência, usaram como prova anotações no diário da mulher, em que ela dizia ter matado os filhos. Porém, a advogada de defesa de Kathleen, Sophie Callan, disse que psicólogos e psiquiatras deram evidências de que tais anotações não seriam confiáveis, já que a mulher estaria sofrendo de grave depressão após a perda dos filhos e de "luto maternal".